“Para o discípulo, basta ser como o seu mestre, e para o servo,
ser como o seu senhor. Se ao dono da casa eles chamaram de Belzebu,
quanto mais aos seus familiares!” (Mt 10, 25).
O Senhor hoje nos chama a atenção para as exigências do seguimento do
caminho que Ele nos propôs, da renúncia de nós mesmos e de tomar a
nossa cruz a cada dia (cf. Lc 9, 23). Como a Isaías, que foi chamado
pelo Senhor (cf. Is 6, 8), somos chamados a dar uma resposta,
conscientes que não trilharemos caminhos fáceis. Se a Jesus chamaram de
Belzebu (cf. Mt 10, 25), quanto mais a nós, seus irmãos por graça, farão
coisas semelhantes ou até piores. Isto é uma indicação de que se
entramos para o caminho do Senhor, seremos provados, como também Jesus o
foi.
O Senhor não nos diz que talvez seremos perseguidos, incompreendidos,
maltratados, mas coloca tudo isso como certeza. Por isso, não nos
enganemos achando que ao entrarmos para o caminho do Senhor teremos
facilidades. Pois, se Cristo padeceu tantos males, assim como todos os
apóstolos e discípulos, não teremos nós que sofrer também?
Quando vierem as perseguições, não nos esqueçamos que Jesus nos
alertou que estas chegariam. Por isso, Ele nos disse: “não tenhais medo”
(cf. Mt 10, 26.28.31). Por três vezes o Senhor nos diz para não termos
medo! Não tenhais medo, pois a verdade sempre virá à luz (v. 26); não
tenhais medo dos que podem matar o corpo, pois esta vida é passageira,
mas o que está em jogo é a nossa salvação (v. 28); não tenhais medo,
pois se um pardal não cai por terra sem que seja a vontade de Deus,
quanto mais nós, que valemos muito mais que muitos pardais (v. 31), não
partiremos desta vida para a outra sem que seja a vontade de Deus.
Diante da Palavra de Deus e do chamado do Senhor, é inevitável termos
certo medo. Temos medo das incompreensões, das dificuldades, das
perseguições. Por isso, sigamos no caminho de Jesus como Ele mesmo o
fez, pois “o discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do
seu senhor” (Mt 10, 24). Jesus, em toda a sua vida teve Maria sempre
perto. Mesmo na sua vida pública, durante os três últimos anos de sua
vida terrena, a Virgem Maria esteve sempre presente, ainda que de
maneira muito discreta.
No momento crucial da vida de Jesus, Maria estava lá, de pé, junto à
cruz (cf. Jo 19, 25). Neste momento, Cristo deixa seu testamento para
sua mãe e para o discípulo amado. Ele disse a Nossa Senhora: “eis aí teu
filho” (Jo 19, 26). Neste momento de dor e de angústia diante da morte,
Jesus entrega a cada de um de nós a Virgem Maria. Depois, Ele diz a
João: “eis aí tua mãe” (Jo 19, 27). Entregando sua mãe a João, ele
entrega Maria como mãe a cada um de nós, cristãos.
Quando nos vemos diante dos sofrimentos, das tristezas, das
tribulações, não nos esqueçamos que Jesus nos entregou a Virgem Maria e
nos entreguemos a ela como filhos, como João o fez e a levou para sua
casa (cf. Jo 19, 27b). Não tenhamos medo de seguir a Jesus Cristo, pois
Ele está conosco até o fim dos tempos (cf. Mt 28, 20) e, com Ele a
Virgem Maria, que intercede por nós para que não o neguemos quando
vierem as perseguições. Pois, aqueles que não negarem Jesus, não serão
negados por Ele diante do Pai, que está nos Céus (cf. Mt 10, 32b).
Fonte : blog.cancaonova.com/tododemaria
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