Deus converterá em bem todos os sofrimentos que suportamos
Neste texto, Mateus nos
mostra que a vida prometida a nós por Jesus não é somente de prazeres,
mas, antes, uma vida também marcada por tribulações quando assumimos a
condição de discípulos e missionários de Cristo no mundo moderno.
O apóstolo também nos lembra que os discípulos não terminarão o seu trabalho sem que venha o Filho do Homem.
Sob o ponto de vista do que nos é
proposto neste texto, concluímos que todo o sofrimento só será aceito,
por Deus, quando for por amor a Jesus: “Por serem meus seguidores,
vocês serão levados aos governadores e reis para serem julgados e
falarão a eles e aos não-judeus sobre o Evangelho”. Portanto, as
tribulações, por amor a Jesus, não são motivos de tristeza, mas sim de
alegria, sabendo que fomos destinados a isto: “Vocês serão presos, levados ao tribunal e serão chicoteados nas sinagogas”.
Essa alegria não vem do fato de o cristão “gostar” de ser perseguido ou
de ser reputado mártir, mas pelo testemunho que dá e pelo galardão que
se segue.
Sofrimentos suportados com paciência por
um cristão servem de exemplo e testemunho para toda a Igreja. O apóstolo
Pedro emprega sete vezes as palavras “sofrer” e “sofrimento” com
referência a Cristo, encorajando os cristãos a seguirem o exemplo de
Jesus.
Sofrer é a escola de simpatia do Espírito
Santo, onde aprendemos a consolar e a confortar as pessoas da mesma
maneira que Deus o faz. Somente quem enfrentou a dor e as perdas pode,
genuinamente, consolar os que passam por tais situações (cf. Hb 4,15).
O sofrimento é o meio usado pelom Senhor
para nos fazer crescer na fé. Pedro diz que o padecimento é comparado à
ação do fogo, como um elemento purificador que torna o objeto aprovado,
aperfeiçoado, confirmado.
Quando passarmos pelo sofrimento, devemos
nos lembrar que o Senhor está conosco e não permitirá que soframos além
do que podemos suportar. Ele converterá em bem todos os males e
perseguições sofridas por aqueles que O amam e obedecem aos Seus
mandamentos. Ele se importa conosco, independente da severidade das
circunstâncias.
Nunca devemos permitir que o mal nos leve
a pensar que Deus não nos ama nem deixar que ele nos afaste de Jesus
(cf. Mt 13,20-21). Devemos recorrer ao Senhor em oração sincera, esperar
até que Ele nos liberte da aflição e confiar que o Pai nos dará a graça
para suportar a aflição até chegar o livramento. Convém lembrar sempre:
“somos mais do que vencedores por aquele que nos amou” (cf. Rm 8,37; Jo 16,33).
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