terça-feira, 19 de novembro de 2013
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Apelo de Oração pela Paz do Papa Francisco...
No próximo sábado viveremos juntos um dia especial de jejum e de oração
pela paz na Síria, no Oriente Médio, no mundo todo. Também para a paz
nos nossos corações, porque a paz começa no coração! Renovo o convite a
toda a Igreja a viver intensamente este dia, e, desde agora, exprimo
reconhecimento aos outros irmãos cristãos, aos irmãos de outras
religiões e aos homens e mulheres de boa vontade que queirem se unir,
nos lugares e nos modos próprios, a este momento. Exorto em particular
os fiéis romanos e os peregrinos a participarem da vigília de oração
aqui, na Praça São Pedro, às 19h, para invocar ao Senhor o grande dom da
paz. Se eleve forte em toda a terra o grito da paz!
Deus, a Oração e o Tempo…
O caminho da oração…
É difícil compreender como insistimos em dificultar, ou como arranjamos maneiras de dificultar o nosso crescimento em direção à Deus.
Temos o enorme desejo de crescermos, de amadurecermos, e trilharmos um caminho que nos ajude a chegar mais rapidamente à Deus, e assim podermos ser íntimos Dele.
Inventamos diversas práticas para realizarmos este caminho, acumulamos “receitas e mais receitas” de como crescer na oração, e acabamos abandonando tudo pelo caminho…
Somente a simplicidade da oração fará com que avancemos em direção à Deus. Não há outro caminho para se unir à Deus se não pelo caminho da oração. Mas esse caminho exige de cada um de nós tempo para Deus!
Tornar – se maduro numa vida em Deus vai exigir de mim e de você um maior tempo de oração pessoal, um tempo maior na capela, tempo de meditação e reflexão da Palavra de Deus, tempo rezando o seu rosário, tempo para ir a Santa Missa; TEMPO DEDICADO À DEUS!
É difícil compreender como insistimos em dificultar, ou como arranjamos maneiras de dificultar o nosso crescimento em direção à Deus.
Temos o enorme desejo de crescermos, de amadurecermos, e trilharmos um caminho que nos ajude a chegar mais rapidamente à Deus, e assim podermos ser íntimos Dele.
Mas o problema não está certamente no desejo, pois acredito que eu e você queremos de verdade sermos mais de Deus; o problema está como traçamos isso para que se concretize em nossas vidas…
Inventamos diversas práticas para realizarmos este caminho, acumulamos “receitas e mais receitas” de como crescer na oração, e acabamos abandonando tudo pelo caminho…
Meus irmãos, é preciso que fiquemos com o essencial no que se refere ao crescimento em Deus e o crescimento para Deus. Em mais de 12 anos de Comunidade Canção Nova, Jesus continua a me ensinar que não existe um outro caminho para crescer se não for o caminho simples da oração, do dialogo franco e da superação das minhas misérias.
Somente a simplicidade da oração fará com que avancemos em direção à Deus. Não há outro caminho para se unir à Deus se não pelo caminho da oração. Mas esse caminho exige de cada um de nós tempo para Deus!
Se queremos crescer em Deus e para Deus, precisamos DAR TEMPO à Ele! Se você descobriu outro caminho que não seja gastar tempo com Deus pela oração, por favor me avise.
Tornar – se maduro numa vida em Deus vai exigir de mim e de você um maior tempo de oração pessoal, um tempo maior na capela, tempo de meditação e reflexão da Palavra de Deus, tempo rezando o seu rosário, tempo para ir a Santa Missa; TEMPO DEDICADO À DEUS!
É claro que esse caminho pode e deve ser concretizado aos poucos e na fidelidade. Quero dizer: É
melhor voce ser fiel todos os dias em 20 minutos com Deus, do que um
dia rezar por duas horas e ficar uma semana sem rezar nada….Mas esse é um caminho que você vai perceber que quanto mais você reza, mais você quer rezar! Porque provavelmente você também já percebeu que quanto você menos reza, menos você quer rezar….
Finalizo dizendo que na minha experiência não tenho descoberto outro caminho se não o da oração que exige de mim TEMPO PRA DEUS…
Me conte quando puder os resultados da sua vida de oração….
Deus o abençoe!
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
A Quaresma de São Miguel Arcanjo, 40 dias de Penitência e Oração.
Para se preparar para esta quaresma é necessário:
* Acender uma vela abençoada diante de uma imagem ou estampa do Arcanjo (coloque como descanso de tela);
* Oferecer uma penitência durante os 40 dias;
* Fazer o sinal da cruz;
* Rezar estas orações todos os dias:
Oração inicial
Sacratíssimo Coração de Jesus tende piedade de nós! (3x)
Ladainha de São Miguel
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo que sois Deus tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um único Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório,
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós Senhor.
Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo, para que sejamos dignos de Suas promessas.
Ao final, reza-se:
Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.
V. Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo.
R. Para que sejamos dignos de suas promessas.
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo.
* Acender uma vela abençoada diante de uma imagem ou estampa do Arcanjo (coloque como descanso de tela);
* Oferecer uma penitência durante os 40 dias;
* Fazer o sinal da cruz;
* Rezar estas orações todos os dias:
Oração inicial
São Miguel Arcanjo,
defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e
ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós,
príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a
satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para
perder as almas. Amém.
Ladainha de São Miguel
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo que sois Deus tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um único Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório,
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós Senhor.
Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo, para que sejamos dignos de Suas promessas.
Oração: Senhor
Jesus, santificai-nos, por uma bênção sempre nova, e concedei-nos, pela
intercessão de São Miguel, esta sabedoria que nos ensina a ajuntar
riquezas do Céu e a trocar os bens do tempo presente pelos da
eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos.
Amém
Ao final, reza-se:
Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.
Gloriosíssimo São Miguel, chefe e
príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos
espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois
de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas,
dignai-vos livrar-nos de todos os males, nós todos que recorremos a vós
com confiança, e fazei pela vossa incomparável proteção, que adiantemos
cada dia mais na fidelidade em servir a Deus.
R. Para que sejamos dignos de suas promessas.
Oração: Deus, todo
poderoso e eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a
salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o
gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos,
de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora
da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado
de sermos introduzidos por ele na presença da Vossa poderosa e augusta
Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Consagração a São Miguel Arcanjo
Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos,
valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do
Senhor, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os
Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel, desejando eu fazer
parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me
consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha
família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima
proteção. É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um
miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração;
recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e
deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus
muitos e graves pecados, a graça da amar a Deus de todo coração, ao
meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima,
obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa
da eterna glória. Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na
hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na
última luta e com a vossa arma poderosa lançai para longe,
precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de
promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no Céu.
Reze junto no PODCAST:
O que é e como rezar A Quaresma de São Miguel Arcanjo?
O Arcanjo Miguel já era considerado pelos Hebreus como o príncipe dos anjos,
protetor do povo eleito, símbolo da potente assistência divina para com
Israel. O Antigo Testamento, ao menos três vezes ressalta a figura de
Miguel: no livro de Daniel (Dn 10,13. 21; 12,1), onde ele é mostrado
como o defensor do povo hebraico e o chefe supremo do exército celeste
que se coloca ao lado dos fracos e dos perseguidos.
Quando São Francisco começou …… a Quaresma de São Miguel Arcanjo?
A partir do dia 15 de agosto, dia da Assunção de Nossa Senhora,
começaremos a rezar a devoção da Quaresma de São Miguel. As devoções
devem nos ajudar a viver melhor a nossa fé e o nosso relacionamento com
Deus. Esse é o primeiro motivo pelo qual devo ter e rezar as santas
devoções e também para interceder pelas minhas causas e pelas causas de
meus irmãos. Uma devoção sadia nunca ocupa o lugar das praticas
essenciais de nossa fé, como participar da Eucaristia Dominical, Santos
Sacramentos, a leitura da Palavra e a pratica da Caridade. O maior fruto
das nossas devoções é ter um coração cada vez mais aberto para Deus e
para os irmãos.
Uma tradição franciscana, a Quaresma a
São Miguel Arcanjo é um tempo especial de oração e penitência. Tem
início, com a Festa da Assunção de Nossa Senhora 15 de agosto, e
termina no dia 28 de setembro, véspera da festa aos Arcanjos Miguel,
Gabriel e Rafael dia 29 de setembro.
São Francisco foi um santo que,
na sua vida mortal procurava nutrir muito sua alma, para não esfriar o
seu amor por Jesus, com um espírito de oração e sacrifício muito
grande. Para tanto, ele realizava, por ano, três quaresmas, além de
outro período de jejum e oração em honra da Mãe de Deus, pela qual
tinha um doce e especial amor, que ia da festa de São Pedro e São
Paulo Apóstolos à festa da Assunção de Nossa Senhora. Foi de um modo muito especial que, na Quaresma de São Miguel Arcanjo,
Deus coroou Francisco de graças abundantes, dentre elas a de
marcá-lo em seu corpo, pelo profundo desejo de imitar ao seu Filho
Jesus Cristo, com os sinais de sua Paixão. Todas essas quaresmas eram
realizadas no Monte Alverne. (Alverne: “verna” vem de “vernare”,
verbo utilizado por Dante e que significa “fazer frio”; gela.)
São Miguel, sobretudo, a quem cabe o
papel de introduzir as almas no paraíso, era objetivo de uma devoção
especial, em razão do desejo que tinha o santo de salvar a todos os
homens. Era do conhecimento de Francisco a autoridade e o auxílio que
o Arcanjo Miguel tem em exercício das almas, em salvá-las no último
instante da vida e o poder de ir ao purgatório retirá-las de lá.
Esse era o principal motivo pelo qual
Francisco realizava sua quaresma e isso nos é relatado na legenda
Terusiana no número 93 de sua biografia, na qual o santo vai dizer no
ano de 1224, ano em visita ao eremitério: “Para honra de Deus,
da bem-aventurada Virgem Maria e de São Miguel, Príncipe dos Anjos e
das almas, quero fazer aqui uma quaresma”.
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio
contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus,
instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela
virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros
espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.Rogai por nós, santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.
São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate!
sábado, 10 de agosto de 2013
EUA: Misterioso sacerdote apareceu para rezar e ajudou no milagroso resgate de uma jovem
O site ACI
publicou nesta sexta-feira (09/08/13), uma belíssima história verídica,
na qual conta a experiência vivida pela jovem cristã Katie Lentz e os
bombeiros que participaram de seu resgate, após ter sofrido um grave
acidente em uma rodovia de Missouri, nos Estados Unidos.
Por este motivo, achamos interessante reproduzir este texto na íntegra. Vale a pena ler a história completa:
“No último domingo, a jovem Katie Lentz sofreu um terrível acidente em uma rodovia de Missouri, nos Estados Unidos. Quando o pessoal de resgate já estava perdendo a esperança de poder retirá-la com vida do meio das ferragens retorcidas de seu automóvel, a jovem pediu para que todos “rezem em voz alta”, então um sacerdote apareceu para ajudá-los a orar e logo desapareceu sem deixar rastro.
O pessoal de resgate assegurou que com suas orações, o sacerdote os ajudou a recuperar a força que necessitavam para salvar Katie e agora junto com os familiares e amigos da jovem o procuram para agradecer.
O curioso episódio ocupou várias páginas de importantes meios de comunicação nos Estados Unidos e alguns inclusive questionam se se tratou de uma pessoa real ou um ser celestial.
Os fatos ocorreram em 4 de agosto, dia em que a Igreja celebra a festa de São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes.
Nesta manhã, a estudante do segundo ano de odontologia da Universidade de Tulane, Katie Lentz dirigia da casa de seus pais em Quincy, Illinois, Missouri (Estados Unidos), para uma igreja cristã para logo reunir-se com seus amigos e desenvolver um trabalho da universidade, quando bateu com outro veículo na rodovia próxima ao Centro. Seu automóvel ficou totalmente destruído.
A equipe de resgate liderada por Raymond Reed, chefe de bombeiros de New London, tratou por 45 minutos de libertar a jovem. Katie perdia seus sinais vitais, mas permanecia tranquila e se mantinha falando, alguns equipamentos de resgates quebraram pelo esforço e os bombeiros começaram a ficar sem opções de liberá-la.
Ao lado do automóvel sinistrado, um helicóptero esperava para transladá-la ao centro de emergência mais próximo. Os bombeiros sabiam que estavam sem tempo e não acreditavam que Lentz sobreviveria.
Em uma tentativa de salvá-la, correram o risco de colocar o veículo em posição vertical ainda sabendo que uma mudança repentina na pressão do corpo de Katie poderia ser crítico e perigoso. Foi então que a jovem perguntou se alguém podia rezar com ela “em voz alta”, e se escutou uma voz que disse “eu o farei”.
O pessoal de resgate assegurou que quem respondeu ao pedido da jovem foi um sacerdote católico de contextura média e cabelo grisalho de 50 ou 60 anos de idade, pouco mais de 1.80 metros que vestia calças e camisa negras.
O bombeiro estranhou a presença do sacerdote, pois, por causa do acidente, a rodovia tinha fechada a três quilômetros do acidente e nenhum dos presentes o reconhecia. “Todos os presentes moramos em quatro cidades diferentes. Só temos uma igreja católica nos três povos e não era um sacerdote dessa igreja”.
Os bombeiros sem exceção ficaram de joelhos, “o sacerdote se aproximou da jovem e começou a rezar abertamente com ela. Tinha uma garrafa de óleo e a ungiu”, contou Reed. Outro dos bombeiros presentes acha que viu o sacerdote colocando o óleo também sobre Reed e sobre outros dois homens da equipe de resgate.
Imediatamente depois, 20 bombeiros moveram o automóvel e os sinais vitais de Lentz começaram a melhorar. Outras equipes de resgates de comunidades vizinhas começaram a chegar com novos instrumentos, conseguiram tirar a jovem e leva-la para a urgência do hospital.
Quando os bombeiros quiseram agradecer ao presbítero, deram-se conta que este já não estava, por isso pensaram que tinha ido para a sua igreja para dirigir os serviços dominicais.
“Estivemos procurando por ele porque o único que queríamos fazer era agradecer-lhe”, assinalou Reed. Entretanto, quando viram as fotos do acidente em nenhuma delas aparece o sacerdote.
“Tenho 69 fotografias que foram tiradas minutos depois de que ocorreu o acidente – os observadores, a extração, nossa limpeza final – e em nenhuma aparece”, disse Reed.
“Acho que é um milagre”, expressou Reed. “Eu não sei se foi um anjo que foi enviado a nós na forma de um sacerdote ou de um sacerdote que se converteu em nosso anjo, de qualquer maneira, estou bem com isso”.
Lentz estava com o fêmur dos dois lados quebrados, uma fratura na tíbia e perônio, o punho esquerdo quebrado, nove costelas quebradas, o fígado dilacerado, ruptura de baço e um pulmão ferido. Até o momento sofreu duas cirurgias no Hospital de Blessing em Quincy, Illinois, e se submeterá a mais duas. Ela está respondendo bem às operações.
Carla Churchill Lentz, mãe da jovem e cristã devota, assinalou que os trabalhadores de emergência disseram que não era possível que a sua filha sobrevivesse e que “sem dúvida poderia ter sido um anjo vestido com traje de sacerdote porque a Bíblia nos diz que há anjos entre nós”.
“Ela (Lentz) sofreu muitas lesões, entretanto, seu rosto está belo, seus dentes perfeitos, todos os que nos contataram, como o pessoal de emergência, a Patrulha do Estado de Missouri, os bombeiros, todos eles estão dizendo o mesmo, ela nunca chorava, ela nunca gritou, ela disse, ‘orem por mim e em voz alta’”, assinalou a mãe.
Até o momento ninguém sabe nada do sacerdote, a maneira como apareceu e desapareceu do lugar do acidente, mas todas as testemunhas coincidem em que o misterioso personagem transmitiu calma e paz com sua presença, fortaleceu através da oração a jovem e aos ao pessoal da equipe de resgate, devolvendo-lhes a esperança”.
Fonte: cleofas.com.br
Por este motivo, achamos interessante reproduzir este texto na íntegra. Vale a pena ler a história completa:
“No último domingo, a jovem Katie Lentz sofreu um terrível acidente em uma rodovia de Missouri, nos Estados Unidos. Quando o pessoal de resgate já estava perdendo a esperança de poder retirá-la com vida do meio das ferragens retorcidas de seu automóvel, a jovem pediu para que todos “rezem em voz alta”, então um sacerdote apareceu para ajudá-los a orar e logo desapareceu sem deixar rastro.
O pessoal de resgate assegurou que com suas orações, o sacerdote os ajudou a recuperar a força que necessitavam para salvar Katie e agora junto com os familiares e amigos da jovem o procuram para agradecer.
O curioso episódio ocupou várias páginas de importantes meios de comunicação nos Estados Unidos e alguns inclusive questionam se se tratou de uma pessoa real ou um ser celestial.
Os fatos ocorreram em 4 de agosto, dia em que a Igreja celebra a festa de São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes.
Nesta manhã, a estudante do segundo ano de odontologia da Universidade de Tulane, Katie Lentz dirigia da casa de seus pais em Quincy, Illinois, Missouri (Estados Unidos), para uma igreja cristã para logo reunir-se com seus amigos e desenvolver um trabalho da universidade, quando bateu com outro veículo na rodovia próxima ao Centro. Seu automóvel ficou totalmente destruído.
A equipe de resgate liderada por Raymond Reed, chefe de bombeiros de New London, tratou por 45 minutos de libertar a jovem. Katie perdia seus sinais vitais, mas permanecia tranquila e se mantinha falando, alguns equipamentos de resgates quebraram pelo esforço e os bombeiros começaram a ficar sem opções de liberá-la.
Ao lado do automóvel sinistrado, um helicóptero esperava para transladá-la ao centro de emergência mais próximo. Os bombeiros sabiam que estavam sem tempo e não acreditavam que Lentz sobreviveria.
Em uma tentativa de salvá-la, correram o risco de colocar o veículo em posição vertical ainda sabendo que uma mudança repentina na pressão do corpo de Katie poderia ser crítico e perigoso. Foi então que a jovem perguntou se alguém podia rezar com ela “em voz alta”, e se escutou uma voz que disse “eu o farei”.
O pessoal de resgate assegurou que quem respondeu ao pedido da jovem foi um sacerdote católico de contextura média e cabelo grisalho de 50 ou 60 anos de idade, pouco mais de 1.80 metros que vestia calças e camisa negras.
O bombeiro estranhou a presença do sacerdote, pois, por causa do acidente, a rodovia tinha fechada a três quilômetros do acidente e nenhum dos presentes o reconhecia. “Todos os presentes moramos em quatro cidades diferentes. Só temos uma igreja católica nos três povos e não era um sacerdote dessa igreja”.
Os bombeiros sem exceção ficaram de joelhos, “o sacerdote se aproximou da jovem e começou a rezar abertamente com ela. Tinha uma garrafa de óleo e a ungiu”, contou Reed. Outro dos bombeiros presentes acha que viu o sacerdote colocando o óleo também sobre Reed e sobre outros dois homens da equipe de resgate.
Imediatamente depois, 20 bombeiros moveram o automóvel e os sinais vitais de Lentz começaram a melhorar. Outras equipes de resgates de comunidades vizinhas começaram a chegar com novos instrumentos, conseguiram tirar a jovem e leva-la para a urgência do hospital.
Quando os bombeiros quiseram agradecer ao presbítero, deram-se conta que este já não estava, por isso pensaram que tinha ido para a sua igreja para dirigir os serviços dominicais.
“Estivemos procurando por ele porque o único que queríamos fazer era agradecer-lhe”, assinalou Reed. Entretanto, quando viram as fotos do acidente em nenhuma delas aparece o sacerdote.
“Tenho 69 fotografias que foram tiradas minutos depois de que ocorreu o acidente – os observadores, a extração, nossa limpeza final – e em nenhuma aparece”, disse Reed.
“Acho que é um milagre”, expressou Reed. “Eu não sei se foi um anjo que foi enviado a nós na forma de um sacerdote ou de um sacerdote que se converteu em nosso anjo, de qualquer maneira, estou bem com isso”.
Lentz estava com o fêmur dos dois lados quebrados, uma fratura na tíbia e perônio, o punho esquerdo quebrado, nove costelas quebradas, o fígado dilacerado, ruptura de baço e um pulmão ferido. Até o momento sofreu duas cirurgias no Hospital de Blessing em Quincy, Illinois, e se submeterá a mais duas. Ela está respondendo bem às operações.
Carla Churchill Lentz, mãe da jovem e cristã devota, assinalou que os trabalhadores de emergência disseram que não era possível que a sua filha sobrevivesse e que “sem dúvida poderia ter sido um anjo vestido com traje de sacerdote porque a Bíblia nos diz que há anjos entre nós”.
“Ela (Lentz) sofreu muitas lesões, entretanto, seu rosto está belo, seus dentes perfeitos, todos os que nos contataram, como o pessoal de emergência, a Patrulha do Estado de Missouri, os bombeiros, todos eles estão dizendo o mesmo, ela nunca chorava, ela nunca gritou, ela disse, ‘orem por mim e em voz alta’”, assinalou a mãe.
Até o momento ninguém sabe nada do sacerdote, a maneira como apareceu e desapareceu do lugar do acidente, mas todas as testemunhas coincidem em que o misterioso personagem transmitiu calma e paz com sua presença, fortaleceu através da oração a jovem e aos ao pessoal da equipe de resgate, devolvendo-lhes a esperança”.
Fonte: cleofas.com.br
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Como manter a castidade no namoro?
Não estamos sozinhos nessa luta
Não passamos um único dia sem visualizar pelo menos uma imagem ou cena
que ative nossos instintos sexuais. Nos circunda um universo de
estímulos ao prazer. A consequência disso é que ficamos condicionados a
essas motivações e passamos a ver o pudor e a pureza como tabus, vivemos
num tempo em que os relacionamentos entre as pessoas tornaram-se muito
mais sinônimos de busca de prazeres e interesses do que uma forma sadia
de elevar o ser em sua dignidade.
Infelizmente, até em
relacionamentos de namoros, que deveriam compreender em amar e respeitar
a pessoa amada para conhecê-la visando um futuro enlace de vida, as
pessoas envolvem-se e juram amor, mas na maioria das vezes, acabam mesmo
é buscando saciar seus impulsos. Por isso, é tão desafiante para os
casais de namorados, mesmo para aqueles decididos a viverem um namoro
santo, não se envolverem aos apelos da carne.
Existem casais
cristãos, que até não praticam o ato sexual, mas, vez ou outra acabam
fracassando no propósito da pureza, por carícias indevidas e outros
estímulos maiores, que lhes pesa a consciência perante o Senhor.
Mas, como fazer, para em meio a tantos incentivos e facilidades nos dias atuais, manter a castidade no namoro?Primeiramente, saiba que, o corpo continuará funcionando com todos os processos naturais, ainda que nosso coração deseje o Eterno. Portanto, será pela fortaleza da razão, de uma sexualidade consciente, que poderemos ser conduzidos para as virtudes nos momentos em que o corpo brigar com a consciência. Nisso, alguns cuidados serão de grande valia para fortalecer essa decisão racional:
1 – Evitar ambientes e ocasiões propícios ao pecado.
A sensação de estarmos retirados (casa, quarto, dentro do carro), traz, aos poucos, o conforto para cedermos aos apetites da paixão, que naturalmente pedem cada vez mais. Privacidade para conversar não significa isolamento. Estejamos à vista de outras pessoas. E locais afastados e escuros, além de tudo isso, são inseguros.
2 – Não motivar o outro com estímulos visuais e sensitivos.
Certifique-se que a roupa, o perfume que você estiver usando não provocará o outro a querer avançar o sinal. Não se trata de comprometer a elegância e o romantismo na produção. É possível caprichar no visual e usar uma fragrância agradável, mas, de modo que não mexa demais com a sensibilidade do outro. O mesmo vale para algumas palavras que quando proferidas servem como estimulantes.
3 – Não abra pequenas concessões.
Há algumas atitudes que não se definem como gesto erótico, mas que começam a enfraquecer a decisão pela castidade. Nestes casos não há a vontade de pecar, mas o pecado começa a ser gestado, vamos nos acostumando, e justificando: “Isso não tem problema!”, primeiro a nós mesmos e depois a(o) namorada(o). Exemplos: demorar um tempo maior num abraço em que comecem sentir vontade de sexo; tocar áreas próximas as partes mais sensíveis; ou quando a namorada senta no colo do namorado.
4 – Conheça-se naquilo que mais lhe desperta e enfraquece sua decisão.
Você precisa definir quais as coisas e situações particulares lhe são mais difíceis. Depois compartilhem isso entre casal para prevenirem-se. Exemplo: Se uma forma específica do rapaz segurar a namorada, envolve-a a ponto de remetê-la ao desejo, ela precisa comunicar isso a ele para que ele não faça. É uma particularidade dela, que deve ser respeitada. Também existem dias em que pela natureza a mulher está mais sensitiva, e pequenas iniciativas podem fazê-la render-se. E vice-versa.
5 – Oriente-se sobre a beleza da castidade.
Leia artigos, aprofunde-se, escute tudo o que diz a Igreja sobre o tema. Quanto mais conteúdo absorvermos, mais nos convenceremos do quão bem fazemos a nós mesmos vivendo a castidade e passaremos a amá-la. Ao inserir em nossa mente esses conceitos, estaremos melhor preparados para resistir nas horas de tentação.
6 – Ore, cultive a espiritualidade no namoro.
Rezar juntos é invocar o Espírito Santo em meio ao casal. Somos feitos de carne e ossos, de hormônios e temos sensações, mas antes, somos seres espirituais, cidadãos do céu, templos do Espírito Santo, que é a nossa força para alcançar os desígnios de felicidade que Deus tem para nós. A felicidade e amor verdadeiros só serão alcançados no Senhor e percebidos através da alma. E São José e Maria Santíssima, os pais da castidade, são nossos aliados. Não estamos sozinhos nessa luta!
Um namoro casto é capaz de curar os corações de ambos. Quanto mais santo, mais lindo este relacionamento será. Santo Agostinho dizia ao Senhor: “Pede-me o que me dás, e dá-me o que me pede!”
Castidade, Deus quer, você consegue!
Sandro Ap. Arquejada
Ser herói é ser santo
O aprendiz de santo é aquele que sabe que é nada
Não é à toa que a primeira
coisa que se verifica em um processo de canonização são as virtudes
heróicas, que seriam a comprovação do comportamento e o percurso do
candidato à santidade, tende de ficar claro, e para além de qualquer
dúvida, que, em vida, a conduta do candidato se pautou pela prática das
virtudes para além do comum. É ser herói!
Viver o Cristianismo é um ato de coragem, pois só os corajosos se declaram cristãos, afirmam sua fé no Cristo. E sabem que todo poder é d'Ele.
Viver o Cristianismo é um ato de coragem, pois só os corajosos se declaram cristãos, afirmam sua fé no Cristo. E sabem que todo poder é d'Ele.
Todo
super-herói tem um ponto fraco. Assim como todo santo tem um limite.
Mas a santidade não se restringe a anular limites, mas sim usá-los como
trampolim para chegar mais alto.
Não devemos ser santos que correm do mundo, que fogem das pessoas, escondem-se de uma vida sem doação e se privam do outro; nem podemos ser santos de rosto triste, que se colocam como um “extraterrestre” ou como alguém que deixou de ser gente. Muito menos podemos ser santos que se esquecem de quem tem pecados, possui limites e, por conseguinte, acaba por viver uma vida de aparências. Não podemos ser santos que perderam a alegria de viver e passam por esta vida apenas como um mero espectador. Não devemos ser, por fim, um santo que se acha perfeito e despreza o imperfeito.
Santidade é para todos. Nossa primeira vocação é ser santo, contudo, muitas vezes, perdemos o verdadeiro significado disso. Às vezes, acreditamos que nosso jeito de viver não nos levará à santidade, uma vez que nos fixamos nos modelos dos santos do passado. Certamente, eles são referências, mas não a regra, visto que eles só se tornaram santos na medida em que viveram as virtudes heróicas em seu tempo.
Não devemos ser santos que correm do mundo, que fogem das pessoas, escondem-se de uma vida sem doação e se privam do outro; nem podemos ser santos de rosto triste, que se colocam como um “extraterrestre” ou como alguém que deixou de ser gente. Muito menos podemos ser santos que se esquecem de quem tem pecados, possui limites e, por conseguinte, acaba por viver uma vida de aparências. Não podemos ser santos que perderam a alegria de viver e passam por esta vida apenas como um mero espectador. Não devemos ser, por fim, um santo que se acha perfeito e despreza o imperfeito.
Santidade é para todos. Nossa primeira vocação é ser santo, contudo, muitas vezes, perdemos o verdadeiro significado disso. Às vezes, acreditamos que nosso jeito de viver não nos levará à santidade, uma vez que nos fixamos nos modelos dos santos do passado. Certamente, eles são referências, mas não a regra, visto que eles só se tornaram santos na medida em que viveram as virtudes heróicas em seu tempo.
A
regra para a santidade é uma só: deixar o poder que está em nós nos
impulsionar em todas as coisas. Este poder é o Espírito Santo, pois é
Ele quem nos santifica.
Nosso erro é tentar moldar uma santidade segundo nossos esquemas, e não segundo a ação do Espírito Santo. Ser santo não é ser perfeito e nunca pecar, mas ter atitude de ser aquilo que é, sempre se perguntando: “Jesus faria isso? Jesus faria assim? Jesus estaria aqui?”.
Nosso erro é tentar moldar uma santidade segundo nossos esquemas, e não segundo a ação do Espírito Santo. Ser santo não é ser perfeito e nunca pecar, mas ter atitude de ser aquilo que é, sempre se perguntando: “Jesus faria isso? Jesus faria assim? Jesus estaria aqui?”.
Não
falo de coisas certinhas, mas sim daquilo que vale a pena. Falo de
Cristianismo, atitude, de uma vida com sentido. O perfeito é aquele que
“se acha” e não quer ninguém veja seus limites, seus pecados. O aprendiz
de santo é aquele que sabe não ser nada. Ser nada é deixar todo espaço
para Deus ser tudo.
Adriano Gonçalves
terça-feira, 30 de julho de 2013
Na Entrevista aos jornalistas, no vôo de volta do Brasil o Papa se pronuncia sobre a RCC!
Para dizer a verdade, no fim dos anos Sessenta, eu não podia ver e nem falar do
Movimento da Renovação Carismática... "mas me arrependi, depois que os conheci."
Entre os jornalistas brasileiros, Márcio Campos, que representa os demais colegas do Diário, do Estado, da Globo, perguntou ao Papa Bergoglio: “A Igreja católica no Brasil perdeu muitos fiéis nestes últimos anos. O senhor acha que o Movimento da Renovação Carismática poderia ser um meio para evitar este êxodo para as Igrejas pentecostais?
“È verdade o que você diz sobre a queda dos fiéis, mas, sobre estas estatísticas, conversei com os Bispos do Brasil... Para dizer a verdade, no fim dos anos Sessenta, eu não podia ver e nem falar do Movimento da Renovação Carismática. Uma vez, comentando sobre seus membros, eu até disse: “Eles confundem a celebração litúrgica com uma escola de samba”. Eu disse, mas me arrependi, depois que os conheci. Eles percorreram tanta estrada e fizeram também muito bem à Igreja, em geral. Hoje, acho que os Movimentos na Igreja são muito necessários: são uma graça do Espírito Santo; eles podem ajudar a manter os fiéis na Igreja, mas devem servir à Igreja. Cada um se insere no Movimento eclesial segundo o próprio carisma, segundo a inspiração do Espírito“.
Fonte: Radio Vaticana
Entre os jornalistas brasileiros, Márcio Campos, que representa os demais colegas do Diário, do Estado, da Globo, perguntou ao Papa Bergoglio: “A Igreja católica no Brasil perdeu muitos fiéis nestes últimos anos. O senhor acha que o Movimento da Renovação Carismática poderia ser um meio para evitar este êxodo para as Igrejas pentecostais?
“È verdade o que você diz sobre a queda dos fiéis, mas, sobre estas estatísticas, conversei com os Bispos do Brasil... Para dizer a verdade, no fim dos anos Sessenta, eu não podia ver e nem falar do Movimento da Renovação Carismática. Uma vez, comentando sobre seus membros, eu até disse: “Eles confundem a celebração litúrgica com uma escola de samba”. Eu disse, mas me arrependi, depois que os conheci. Eles percorreram tanta estrada e fizeram também muito bem à Igreja, em geral. Hoje, acho que os Movimentos na Igreja são muito necessários: são uma graça do Espírito Santo; eles podem ajudar a manter os fiéis na Igreja, mas devem servir à Igreja. Cada um se insere no Movimento eclesial segundo o próprio carisma, segundo a inspiração do Espírito“.
Fonte: Radio Vaticana
Papa Francisco: “Eu sou filho da Igreja”
A mídia internacional divulgou uma suposta "aprovação" do Papa Francisco
à homossexualidade. Trata-se de mais uma mentira. Entenda o que disse o
Santo Padre.
No fim da tarde de ontem, o Papa Francisco se despediu do povo brasileiro. Com a alma "cheia de recordações felizes", o Santo Padre declarou já começar "a sentir saudades".
Com certeza, não é só Sua Santidade que sentirá falta do Brasil. Nós também não esqueceremos esta visita do sucessor de São Pedro à nossa nação, que nos trouxe palavras de alento, conforto e esperança, mas, ao mesmo tempo, apelos de compromisso e de responsabilidade – como no discurso aos voluntários da Jornada, quando o Papa pediu aos jovens "a coragem de ir contra a corrente", contra a "cultura do provisório, do relativo".
É importante que estas mensagens do Sumo Pontífice encontrem terreno fértil em nosso coração, mas também se deve tomar muito cuidado com a leitura que a mídia tem feito de suas declarações. Quando vão falar sobre a fé e sobre a Igreja, muitos de nossos jornalistas e teólogos – ou, simplesmente, de nossos formadores de opinião – estão mais preocupados com a promoção de sua agenda progressista que com os valores cristãos propriamente ditos. Assim, uma palavra dita pelo Papa num contexto é imediatamente jogada nas manchetes e, então, de repente, a Igreja teria mudado sua doutrina ou negociado seus princípios morais.
Durante o voo de regresso a Roma, apesar do cansaço, o Papa Francisco decidiu conceder uma entrevista aos jornalistas presentes no avião. O Pontífice abordou temas espinhosos; entre eles, a questão da homossexualidade. Não falou nada de novo em matéria moral: "Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-lo? O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas integrados na sociedade."
No entanto, vários portais de notícias comemoraram o que parecia ser a "habilitação" do ato homossexual. Nada mais falso. Basta ler o trecho do Catecismo ao qual o próprio Papa remete, demonstrando continuidade com o ensinamento moral da Igreja. Trata-se do seu parágrafo 2358:
Outro momento da mesma entrevista ilustra muito bem este compromisso de Francisco com a fé e a moral católicas01. Perguntado sobre sua opinião frente a questões como o aborto ou o "casamento" gay, o Santo Padre disse: "A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso". O jornalista, insistente, queria saber a posição do Papa. Ele foi ainda mais enfático: "É a da Igreja, eu sou filho da Igreja".
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere
No fim da tarde de ontem, o Papa Francisco se despediu do povo brasileiro. Com a alma "cheia de recordações felizes", o Santo Padre declarou já começar "a sentir saudades".
Com certeza, não é só Sua Santidade que sentirá falta do Brasil. Nós também não esqueceremos esta visita do sucessor de São Pedro à nossa nação, que nos trouxe palavras de alento, conforto e esperança, mas, ao mesmo tempo, apelos de compromisso e de responsabilidade – como no discurso aos voluntários da Jornada, quando o Papa pediu aos jovens "a coragem de ir contra a corrente", contra a "cultura do provisório, do relativo".
É importante que estas mensagens do Sumo Pontífice encontrem terreno fértil em nosso coração, mas também se deve tomar muito cuidado com a leitura que a mídia tem feito de suas declarações. Quando vão falar sobre a fé e sobre a Igreja, muitos de nossos jornalistas e teólogos – ou, simplesmente, de nossos formadores de opinião – estão mais preocupados com a promoção de sua agenda progressista que com os valores cristãos propriamente ditos. Assim, uma palavra dita pelo Papa num contexto é imediatamente jogada nas manchetes e, então, de repente, a Igreja teria mudado sua doutrina ou negociado seus princípios morais.
Durante o voo de regresso a Roma, apesar do cansaço, o Papa Francisco decidiu conceder uma entrevista aos jornalistas presentes no avião. O Pontífice abordou temas espinhosos; entre eles, a questão da homossexualidade. Não falou nada de novo em matéria moral: "Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-lo? O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas integrados na sociedade."
No entanto, vários portais de notícias comemoraram o que parecia ser a "habilitação" do ato homossexual. Nada mais falso. Basta ler o trecho do Catecismo ao qual o próprio Papa remete, demonstrando continuidade com o ensinamento moral da Igreja. Trata-se do seu parágrafo 2358:
"Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição."Traduzindo: a Igreja continua condenando o pecado, não o pecador. E, justamente porque o ama, chama-o à conversão, à castidade. Por causa de sua condição, eles não devem ser injustamente discriminados, mas tratados com respeito e dignidade. Este é o ensinamento da Igreja e esta é a referência do Papa.
Outro momento da mesma entrevista ilustra muito bem este compromisso de Francisco com a fé e a moral católicas01. Perguntado sobre sua opinião frente a questões como o aborto ou o "casamento" gay, o Santo Padre disse: "A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso". O jornalista, insistente, queria saber a posição do Papa. Ele foi ainda mais enfático: "É a da Igreja, eu sou filho da Igreja".
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere
segunda-feira, 29 de julho de 2013
“Até breve”. Papa Francisco se despede do Brasil
Vigário de Cristo retorna a Roma
“Já começo a sentir saudades do Brasil”, disse o Papa Francisco.
“Parto com a alma cheia de recordações
felizes; essas – estou certo – tornar-se-ão oração”, disse o Santo Padre
em sua partida a Roma. Após sete dias em terras brasileiras; em meio
aos jovens, aos abraços de crianças e idosos, aos sorrisos de alegria e
olhares atentos dos que o viram, o Papa Francisco deixou o Brasil na
tarde deste domingo, 28.
Um clima de evidente emoção tomou conta
dos brasileiros durante a despedida do Sucessor de Pedro, que visitou o
país em virtude da 28º Jornada Mundial da Juventude, na cidade do Rio de
Janeiro.
“Neste momento, já começo a sentir
saudades. Saudades do Brasil, este povo tão grande e de grande coração;
este povo tão amoroso. Saudades do sorriso aberto e sincero que vi em
tantas pessoas, saudades do entusiasmo dos voluntários. Saudades da
esperança no olhar dos jovens no Hospital São Francisco. Saudades da fé e
da alegria em meio à adversidade dos moradores de Varginha”, disse o
Santo Padre.
O Papa classificou como uma “semana
inesquecível” os dias que passou no Brasil e agradeceu a todos os
envolvidos na JMJ, pela acolhida e pelo trabalho realizado.
Na cerimônia de despedida, fizeram-se
presentes: o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta; o
presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno; o representante do Governo
Federal e vice-presidente da República, Michel Temer; o governador do
Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; o prefeito da cidade do Rio,
Eduardo Paes, dentre outras autoridades.
Como dito, o Papa Francisco pretende
retornar ao Brasil em 2017 para a celebração dos 300 anos do encontro da
imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul.
O voo com o Sumo Pontífice decolou do
Aeroporto Internacional do Galeão; sua chegada está prevista para esta
segunda-feira, 29, às 11h30 – hora italiana, 06h30 em Brasília.
Fonte: tamujuntojmj.cancaonova.com
sábado, 27 de julho de 2013
Na Via Sacra, Papa Francisco fala dos jovens que perderam a fé na Igreja pela incoerêcia de seus filhos e recorda das vítimas do incêndio em Santa Maria
Rio de Janeiro (RV) –
Na noite desta sexta-feira, o Papa Francisco participou, com os mais
de um milhão de jovens reunidos na Praia de Copacabana, da Via Sacra,
sempre um dos momentos mais intensos das Jornadas Mundiais da Juventude.
280 artistas e voluntários do Brasil, Porto Rico, México, Argentina,
Alemanha e Estados Unidos representaram as treze das estações
distribuídas ao longo de 900 metros da Av. Atlântica, sendo que a última
foi representada no palco central, onde encontrava-se o Santo Padre.
O Papa Francisco foi de helicóptero até o Forte de Copacabana onde embarcou no Papamóvel, sendo uma vez mais, saudado por milhares de pessoas ao longo de todo o trajeto na Av. Atlântica. O Santo Padre, como de costume, fez algumas paradas ao longo do percurso. Numa delas, desceu do Papamóvel e abençoou uma imagem de Nossa Senhora de Luján, nas mãos de um sacerdote, e uma imagem de São Francisco. Uma senhora tinha uma pomba de gesso nas mãos que também foi abençoada por Francisco. Também beijou diversas crianças, saudou e abençoou populares e doentes.
O Papa Francisco subiu ao palco às 17hs56min, saudando os Cardeais e Bispos presentes e os 35 ‘trabalhadores excluídos’ ou ‘cartoneros’ (catadores de papel) que pediu que fossem buscados na Argentina e colocados no palco principal, próximo a ele. Por volta das 18 horas, Francisco fez a Oração de Abertura da Via Sacra. A cruz percorreu as Estações, passando pela Pedra do Arpoador e a Escadaria Selarón, na Lapa, além de outras ruas da cidade carioca, envolvendo 280 voluntários, durante mais de uma hora, ao som de uma orquestra, um coral, tudo aliado a um espetáculo de luzes e coreografias.
Os textos das meditações das 14 estações foram escritos pelos padres Zezinho e Joãozinho, sacerdotes dehonianos, e evocaram o sofrimento de Jesus, expresso nos problemas dos jovens de hoje. Assim, missionaridade, conversão, comunidade, jovens mães, seminaristas, a religião em defesa da vida, casais, mulheres sofridas, estudantes, redes sociais, jovens detentos e a pastoral carcerária, doenças terminais, morte dos jovens e a juventude de todo o mundo foram temas lembrados nas Estações.
Após a Via Sacra, o Papa Francisco dirigiu sua mensagem aos jovens, recordando que João Paulo II havia confiado a eles a cruz, dizendo: «Levai-a pelo mundo, como sinal do amor de Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção»”. E observou que “a Cruz percorreu todos os continentes e atravessou os mais variados mundos da existência humana, ficando quase que impregnada com as situações de vida de tantos jovens que a viram e carregaram”. E acrescentou:
“Ninguém pode tocar a Cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da Cruz de Jesus para sua própria vida. Nesta tarde, acompanhando o Senhor, queria que ressoassem três perguntas nos seus corações: O que vocês terão deixado na Cruz, queridos jovens brasileiros, nestes dois anos em que ela atravessou seu imenso País? E o que terá deixado a Cruz de Jesus em cada um de vocês? E, finalmente, o que esta Cruz ensina para a nossa vida?
Após, o Papa falou sobre uma antiga tradição da Igreja de Roma que relata uma situação vivida por Pedro com Jesus, que o fez entender, que “ele devia seguir o Senhor com coragem até o fim, e que aquele Jesus - que o amara até o ponto de morrer na Cruz - estava sempre com ele”. E acrescentou que “Jesus com a sua cruz atravessa os nossos caminhos para carregar os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos, mesmo os mais profundos”:
“Com a Cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem clamar, sobretudo os inocentes e indefesos; com a Cruz Jesus se une às famílias que passam por dificuldades pela trágica perda de seus filhos, como no caso dos 242 jovens vítimas do incêndio em Santa Maria no início do ano. Rezemos por eles! Com a Cruz, Jesus se une a todas as pessoas que passam fome, num mundo que, por outro lado, se dá ao luxo de todos os dias jogar fora toneladas de comida; pela cruz Jesus se une aos pais que vêem seus filhos presos nos paraísos artificiais da droga; nela Jesus se une a quem é perseguido pela religião, pelas ideias, ou simplesmente pela cor da pele; nela Jesus se une a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas, por verem egoísmo e corrupção, ou que perderam a fé na Igreja, e até mesmo em Deus, pela incoerência de cristãos e de ministros do Evangelho. Na Cruz de Cristo, está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos, carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: Coragem! Você não está sozinho a levá-la! Eu a levo com você. Eu venci a morte e vim para lhe dar esperança, dar-lhe vida”.
“E assim – diz o Papa - podemos responder à segunda pergunta: o que foi que a Cruz deixou naqueles que a viram, naqueles que a tocaram? O que deixa em cada um de nós?”.
“Ela deixa um bem que ninguém mais pode nos dar: a certeza do amor inabalável de Deus por nós. Um amor tão grande que entra no nosso pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos dá a força para poder levá-lo, entra também na morte para derrotá-la e nos salvar. Na Cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, a sua imensa misericórdia”. E diz aos jovens:
“Queridos jovens, confiemos em Jesus, abandonemo-nos totalmente a Ele! Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos salvação e redenção. Com Ele, o mal, o sofrimento e a morte não têm a última palavra, porque Ele nos dá a esperança e a vida: transformou a Cruz, de instrumento de ódio, de derrota, de morte, em sinal de amor, de vitória e de vida”.
Francisco observou então, que o primeiro nome dado ao Brasil foi justamente o de ‘Terra de Santa Cruz’. “A Cruz de Cristo foi plantada não só na praia, há mais de cinco séculos, mas também na história, no coração e na vida do povo brasileiro e não só: o Cristo sofredor, sentimo-lo próximo, como um de nós que compartilha o nosso caminho até o final. Não há cruz, pequena ou grande, da nossa vida que o Senhor não venha compartilhar conosco”. E acrescentou:
“Mas a Cruz de Cristo também nos convida a deixar-nos contagiar por este amor; ensina-nos, pois, a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre, quem tem necessidade de ajuda, quem espera uma palavra, um gesto; ensina-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro destas pessoas e lhes estender a mão. Tantos rostos acompanharam Jesus no seu caminho até a Cruz: Pilatos, o Cireneu, Maria, as mulheres... Também nós diante dos demais podemos ser como Pilatos que não teve a coragem de ir contra a corrente para salvar a vida de Jesus, lavando-se as mãos”.
“Queridos amigos – disse o Papa – a Cruz de Cristo nos ensina a ser como o Cireneu, que ajuda Jesus levar aquele madeiro pesado, como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de acompanhar Jesus até o final, com amor, com ternura. E você como é? Como Pilatos, como o Cireneu, como Maria?”, perguntou.
E conclui, dizendo que devemos levar as nossas alegrias, os nossos sofrimentos, os nossos fracassos para a Cruz de Cristo, pois alí “encontraremos um Coração aberto que nos compreende, perdoa, ama e pede para levar este mesmo amor para a nossa vida, para amar cada irmão e irmã com este mesmo amor.”
Na conclusão do encontro, foi rezado um Pai Nosso e o Santo Padre concedeu a sua bênção a todos, transferindo-se a seguir para a residência em Sumaré.
Eis uma síntese das meditações em cada Estação:
Na 1ª estação, rezou-se pelos jovens inocentes que “todos os dias são condenados à morte pela pobreza, pela violência e por todo tipo de consequências do pecado”.
O “jovem convertido” que quer ser “instrumento” do amor de Deus esteve presente na 2ª estação, e na 3ª foram evocadas as preces do “voluntário de uma comunidade de recuperação” que quer ser o Bom Samaritano que “para além dos discursos, tem coragem de levantar quem está caído à beira do caminho e cuidar de suas feridas”.
A quarta estação – “Jesus encontra a sua mãe aflita” – recordou as dores das mães que sentem o sofrimento dos seus filhos: “É uma comunhão redentora”.
Na 5ª estação, os “seminaristas” chamados ao sacerdócio, também estiveram presentes com as suas orações e preocupações em serem “um bom pastor”.
Na 6ª estação, a consagrada ao “serviço do irmão” pediu forças, pois encontra “nas vias-sacras da vida tantas vítimas de uma «cultura de morte»”.
Os casais de namorados, que pretendem “construir uma família pelos fundamentos e não pelo telhado”, foram recordados na 7ª estação.
O sofrimento das mulheres, cuja “vocação” é “do berço até à cruz” está presente na oitava estação e os “estudantes” são recordados na estação onde “Jesus cai pela terceira vez”: “O conhecimento e a ciência encantam-me, mas muitas vezes seduzem-me e até induzem-me a imaginar que não preciso de ti”.
A Via Sacra não esqueceu das redes sociais e da ‘geração que nasceu conectada por meio da internet”. Na 10ª Estação, é pedido “que a tua graça nos ensine os caminhos para evangelizar o «continente digital» e nos deixe atentos à possível dependência ou confusão entre o real e o virtual”, é o pedido da 10ª estação.
Na 11ª estação são lembrados os “milhões” de jovens presidiários, na 12ª os jovens com doenças terminais e na 13ª os jovens “deficientes auditivos”: “Existem momentos em que o silêncio e a contemplação falam muito mais”.
Na 14ª e última estação, foram recordados os jovens de todas as regiões do globo. (JE)
O Papa Francisco foi de helicóptero até o Forte de Copacabana onde embarcou no Papamóvel, sendo uma vez mais, saudado por milhares de pessoas ao longo de todo o trajeto na Av. Atlântica. O Santo Padre, como de costume, fez algumas paradas ao longo do percurso. Numa delas, desceu do Papamóvel e abençoou uma imagem de Nossa Senhora de Luján, nas mãos de um sacerdote, e uma imagem de São Francisco. Uma senhora tinha uma pomba de gesso nas mãos que também foi abençoada por Francisco. Também beijou diversas crianças, saudou e abençoou populares e doentes.
O Papa Francisco subiu ao palco às 17hs56min, saudando os Cardeais e Bispos presentes e os 35 ‘trabalhadores excluídos’ ou ‘cartoneros’ (catadores de papel) que pediu que fossem buscados na Argentina e colocados no palco principal, próximo a ele. Por volta das 18 horas, Francisco fez a Oração de Abertura da Via Sacra. A cruz percorreu as Estações, passando pela Pedra do Arpoador e a Escadaria Selarón, na Lapa, além de outras ruas da cidade carioca, envolvendo 280 voluntários, durante mais de uma hora, ao som de uma orquestra, um coral, tudo aliado a um espetáculo de luzes e coreografias.
Os textos das meditações das 14 estações foram escritos pelos padres Zezinho e Joãozinho, sacerdotes dehonianos, e evocaram o sofrimento de Jesus, expresso nos problemas dos jovens de hoje. Assim, missionaridade, conversão, comunidade, jovens mães, seminaristas, a religião em defesa da vida, casais, mulheres sofridas, estudantes, redes sociais, jovens detentos e a pastoral carcerária, doenças terminais, morte dos jovens e a juventude de todo o mundo foram temas lembrados nas Estações.
Após a Via Sacra, o Papa Francisco dirigiu sua mensagem aos jovens, recordando que João Paulo II havia confiado a eles a cruz, dizendo: «Levai-a pelo mundo, como sinal do amor de Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção»”. E observou que “a Cruz percorreu todos os continentes e atravessou os mais variados mundos da existência humana, ficando quase que impregnada com as situações de vida de tantos jovens que a viram e carregaram”. E acrescentou:
“Ninguém pode tocar a Cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da Cruz de Jesus para sua própria vida. Nesta tarde, acompanhando o Senhor, queria que ressoassem três perguntas nos seus corações: O que vocês terão deixado na Cruz, queridos jovens brasileiros, nestes dois anos em que ela atravessou seu imenso País? E o que terá deixado a Cruz de Jesus em cada um de vocês? E, finalmente, o que esta Cruz ensina para a nossa vida?
Após, o Papa falou sobre uma antiga tradição da Igreja de Roma que relata uma situação vivida por Pedro com Jesus, que o fez entender, que “ele devia seguir o Senhor com coragem até o fim, e que aquele Jesus - que o amara até o ponto de morrer na Cruz - estava sempre com ele”. E acrescentou que “Jesus com a sua cruz atravessa os nossos caminhos para carregar os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos, mesmo os mais profundos”:
“Com a Cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem clamar, sobretudo os inocentes e indefesos; com a Cruz Jesus se une às famílias que passam por dificuldades pela trágica perda de seus filhos, como no caso dos 242 jovens vítimas do incêndio em Santa Maria no início do ano. Rezemos por eles! Com a Cruz, Jesus se une a todas as pessoas que passam fome, num mundo que, por outro lado, se dá ao luxo de todos os dias jogar fora toneladas de comida; pela cruz Jesus se une aos pais que vêem seus filhos presos nos paraísos artificiais da droga; nela Jesus se une a quem é perseguido pela religião, pelas ideias, ou simplesmente pela cor da pele; nela Jesus se une a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas, por verem egoísmo e corrupção, ou que perderam a fé na Igreja, e até mesmo em Deus, pela incoerência de cristãos e de ministros do Evangelho. Na Cruz de Cristo, está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos, carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: Coragem! Você não está sozinho a levá-la! Eu a levo com você. Eu venci a morte e vim para lhe dar esperança, dar-lhe vida”.
“E assim – diz o Papa - podemos responder à segunda pergunta: o que foi que a Cruz deixou naqueles que a viram, naqueles que a tocaram? O que deixa em cada um de nós?”.
“Ela deixa um bem que ninguém mais pode nos dar: a certeza do amor inabalável de Deus por nós. Um amor tão grande que entra no nosso pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos dá a força para poder levá-lo, entra também na morte para derrotá-la e nos salvar. Na Cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, a sua imensa misericórdia”. E diz aos jovens:
“Queridos jovens, confiemos em Jesus, abandonemo-nos totalmente a Ele! Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos salvação e redenção. Com Ele, o mal, o sofrimento e a morte não têm a última palavra, porque Ele nos dá a esperança e a vida: transformou a Cruz, de instrumento de ódio, de derrota, de morte, em sinal de amor, de vitória e de vida”.
Francisco observou então, que o primeiro nome dado ao Brasil foi justamente o de ‘Terra de Santa Cruz’. “A Cruz de Cristo foi plantada não só na praia, há mais de cinco séculos, mas também na história, no coração e na vida do povo brasileiro e não só: o Cristo sofredor, sentimo-lo próximo, como um de nós que compartilha o nosso caminho até o final. Não há cruz, pequena ou grande, da nossa vida que o Senhor não venha compartilhar conosco”. E acrescentou:
“Mas a Cruz de Cristo também nos convida a deixar-nos contagiar por este amor; ensina-nos, pois, a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre, quem tem necessidade de ajuda, quem espera uma palavra, um gesto; ensina-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro destas pessoas e lhes estender a mão. Tantos rostos acompanharam Jesus no seu caminho até a Cruz: Pilatos, o Cireneu, Maria, as mulheres... Também nós diante dos demais podemos ser como Pilatos que não teve a coragem de ir contra a corrente para salvar a vida de Jesus, lavando-se as mãos”.
“Queridos amigos – disse o Papa – a Cruz de Cristo nos ensina a ser como o Cireneu, que ajuda Jesus levar aquele madeiro pesado, como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de acompanhar Jesus até o final, com amor, com ternura. E você como é? Como Pilatos, como o Cireneu, como Maria?”, perguntou.
E conclui, dizendo que devemos levar as nossas alegrias, os nossos sofrimentos, os nossos fracassos para a Cruz de Cristo, pois alí “encontraremos um Coração aberto que nos compreende, perdoa, ama e pede para levar este mesmo amor para a nossa vida, para amar cada irmão e irmã com este mesmo amor.”
Na conclusão do encontro, foi rezado um Pai Nosso e o Santo Padre concedeu a sua bênção a todos, transferindo-se a seguir para a residência em Sumaré.
Eis uma síntese das meditações em cada Estação:
Na 1ª estação, rezou-se pelos jovens inocentes que “todos os dias são condenados à morte pela pobreza, pela violência e por todo tipo de consequências do pecado”.
O “jovem convertido” que quer ser “instrumento” do amor de Deus esteve presente na 2ª estação, e na 3ª foram evocadas as preces do “voluntário de uma comunidade de recuperação” que quer ser o Bom Samaritano que “para além dos discursos, tem coragem de levantar quem está caído à beira do caminho e cuidar de suas feridas”.
A quarta estação – “Jesus encontra a sua mãe aflita” – recordou as dores das mães que sentem o sofrimento dos seus filhos: “É uma comunhão redentora”.
Na 5ª estação, os “seminaristas” chamados ao sacerdócio, também estiveram presentes com as suas orações e preocupações em serem “um bom pastor”.
Na 6ª estação, a consagrada ao “serviço do irmão” pediu forças, pois encontra “nas vias-sacras da vida tantas vítimas de uma «cultura de morte»”.
Os casais de namorados, que pretendem “construir uma família pelos fundamentos e não pelo telhado”, foram recordados na 7ª estação.
O sofrimento das mulheres, cuja “vocação” é “do berço até à cruz” está presente na oitava estação e os “estudantes” são recordados na estação onde “Jesus cai pela terceira vez”: “O conhecimento e a ciência encantam-me, mas muitas vezes seduzem-me e até induzem-me a imaginar que não preciso de ti”.
A Via Sacra não esqueceu das redes sociais e da ‘geração que nasceu conectada por meio da internet”. Na 10ª Estação, é pedido “que a tua graça nos ensine os caminhos para evangelizar o «continente digital» e nos deixe atentos à possível dependência ou confusão entre o real e o virtual”, é o pedido da 10ª estação.
Na 11ª estação são lembrados os “milhões” de jovens presidiários, na 12ª os jovens com doenças terminais e na 13ª os jovens “deficientes auditivos”: “Existem momentos em que o silêncio e a contemplação falam muito mais”.
Na 14ª e última estação, foram recordados os jovens de todas as regiões do globo. (JE)
Papa no Angelus: Os avós são importantes na vida da família, comunicam o patrimônio de humanidade e fé
Rio de Janeiro (RV)
- O Papa Francisco iniciou esta sexta-feira, celebrando a missa na
capela da residência arquiepiscopal de Sumaré, no Rio de Janeiro.
A seguir, o pontífice se dirigiu para a Quinta da Boa Vista onde confessou alguns jovens da Jornada Mundial da Juventude. "É o verdadeiro Santo Padre do povo", comentou Renan Souza, de 22 anos, um dos jovens confessados pelo Papa.
Da Quinta da Boa Vista, o Santo Padre se dirigiu para o Palácio São Joaquim, Arcebispado do Rio de Janeiro, onde se encontrou com oito jovens detentos, seis homens e duas mulheres.
Depois, o Santo Padre assomou à sacada central do Palácio São Joaquim e rezou a oração do Angelus, neste dia em que a Igreja celebra Sant’Ana e São Joaquim.
Eis a alocução do Papa Francisco, na íntegra.
Caríssimos irmãos e amigos!
Bom dia!
Dou graças à divina Providência por ter guiado meus passos até aqui, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Agradeço de coração sincero a Dom Orani e também a vocês pelo acolhimento caloroso, com que manifestam seu carinho pelo Sucessor de Pedro. Desejaria que a minha passagem por esta cidade do Rio renovasse em todos o amor a Cristo e à Igreja, a alegria de estar unidos a Ele e de pertencer a Igreja e o compromisso de viver e testemunhar a fé.
Uma belíssima expressão da fé do povo é a “Hora da Ave Maria”. É uma oração simples que se reza nos três momentos característicos da jornada que marcam o ritmo da nossa atividade quotidiana: de manhã, ao meio-dia e ao anoitecer. É, porém, uma oração importante; convido a todos a rezá-la com a Ave Maria. Lembra-nos um acontecimento luminoso que transformou a história: a Encarnação, o Filho de Deus que se fez homem em Jesus de Nazaré.
Hoje a Igreja celebra os pais da Virgem Maria, os avós de Jesus: São Joaquim e Sant’Ana. Na casa deles, veio ao mundo Maria, trazendo consigo aquele mistério extraordinário da Imaculada Conceição; na casa deles, cresceu, acompanhada pelo seu amor e pela sua fé; na casa deles, aprendeu a escutar o Senhor e seguir a sua vontade. São Joaquim e Sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu a fé o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé! Olhando para o ambiente familiar, queria destacar uma coisa: hoje, na festa de São Joaquim e Sant’Ana, no Brasil como em outros países, se celebra a festa dos avós. Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade! E como é importante o encontro e o diálogo entre as gerações, principalmente dentro da família. O Documento de Aparecida nos recorda: “Crianças e anciãos constroem o futuro dos povos; as crianças porque levarão por adiante a história, os anciãos porque transmitem a experiência e a sabedoria de suas vidas” (DAp 447). Esta relação, este diálogo entre as gerações é um tesouro que deve ser conservado e alimentado! Nesta Jornada Mundial da Juventude, os jovens querem saudar os avós. Eles saúdam os seus avós com muito carinho, aos avós, saudamos aos avós, eles os jovens agradecem os avós com muito carinho e lhes agradecem pelo testemunho de sabedoria que nos oferecem continuamente.
E agora, nesta praça, nas ruas adjacentes, nas casas que acompanham conosco este momento de oração, sintamo-nos como uma única grande família e nos dirijamos a Maria para que guarde as nossas famílias, faça delas lares de fé e de amor, onde se sinta a presença do seu Filho Jesus. (MJ)
Ouça Angelus com o Papa
A seguir, o pontífice se dirigiu para a Quinta da Boa Vista onde confessou alguns jovens da Jornada Mundial da Juventude. "É o verdadeiro Santo Padre do povo", comentou Renan Souza, de 22 anos, um dos jovens confessados pelo Papa.
Da Quinta da Boa Vista, o Santo Padre se dirigiu para o Palácio São Joaquim, Arcebispado do Rio de Janeiro, onde se encontrou com oito jovens detentos, seis homens e duas mulheres.
Depois, o Santo Padre assomou à sacada central do Palácio São Joaquim e rezou a oração do Angelus, neste dia em que a Igreja celebra Sant’Ana e São Joaquim.
Eis a alocução do Papa Francisco, na íntegra.
Caríssimos irmãos e amigos!
Bom dia!
Dou graças à divina Providência por ter guiado meus passos até aqui, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Agradeço de coração sincero a Dom Orani e também a vocês pelo acolhimento caloroso, com que manifestam seu carinho pelo Sucessor de Pedro. Desejaria que a minha passagem por esta cidade do Rio renovasse em todos o amor a Cristo e à Igreja, a alegria de estar unidos a Ele e de pertencer a Igreja e o compromisso de viver e testemunhar a fé.
Uma belíssima expressão da fé do povo é a “Hora da Ave Maria”. É uma oração simples que se reza nos três momentos característicos da jornada que marcam o ritmo da nossa atividade quotidiana: de manhã, ao meio-dia e ao anoitecer. É, porém, uma oração importante; convido a todos a rezá-la com a Ave Maria. Lembra-nos um acontecimento luminoso que transformou a história: a Encarnação, o Filho de Deus que se fez homem em Jesus de Nazaré.
Hoje a Igreja celebra os pais da Virgem Maria, os avós de Jesus: São Joaquim e Sant’Ana. Na casa deles, veio ao mundo Maria, trazendo consigo aquele mistério extraordinário da Imaculada Conceição; na casa deles, cresceu, acompanhada pelo seu amor e pela sua fé; na casa deles, aprendeu a escutar o Senhor e seguir a sua vontade. São Joaquim e Sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu a fé o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé! Olhando para o ambiente familiar, queria destacar uma coisa: hoje, na festa de São Joaquim e Sant’Ana, no Brasil como em outros países, se celebra a festa dos avós. Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade! E como é importante o encontro e o diálogo entre as gerações, principalmente dentro da família. O Documento de Aparecida nos recorda: “Crianças e anciãos constroem o futuro dos povos; as crianças porque levarão por adiante a história, os anciãos porque transmitem a experiência e a sabedoria de suas vidas” (DAp 447). Esta relação, este diálogo entre as gerações é um tesouro que deve ser conservado e alimentado! Nesta Jornada Mundial da Juventude, os jovens querem saudar os avós. Eles saúdam os seus avós com muito carinho, aos avós, saudamos aos avós, eles os jovens agradecem os avós com muito carinho e lhes agradecem pelo testemunho de sabedoria que nos oferecem continuamente.
E agora, nesta praça, nas ruas adjacentes, nas casas que acompanham conosco este momento de oração, sintamo-nos como uma única grande família e nos dirijamos a Maria para que guarde as nossas famílias, faça delas lares de fé e de amor, onde se sinta a presença do seu Filho Jesus. (MJ)
Ouça Angelus com o Papa
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Papa Francisco é acolhido oficialmente pelos jovens da JMJ
O Papa parabenizou os jovens por suportarem com fé o frio e a chuva
Encerrando, o Papa concluiu dizendo: “Irmãos e amigos, bem-vindos à
vigésima oitava Jornada Mundial da Juventude, nesta cidade maravilhosa
do Rio de Janeiro!”.
O Sumo Pontífice participou na tarde
desta quinta-feira, 25, da Festa da Acolhida onde se encontrou pela
primeira vez com os jovens da Jornada Mundial da Juventude Rio2013.
Francisco chegou de helicóptero em
Copacabana por volta das 17h10, foi recebido pelo arcebispo do Rio de
Janeiro, Dom Orani João Tempesta, que seguiu junto ao Santo Padre no
papamóvel, rumo a Copacabana. O Pontífice circulou pela orla da praia
saudando os jovens e sendo acolhido, calorosamente, por eles.
Durante o percurso, o Pontífice tomou um chimarrão oferecido por um dos peregrinos.
Já no palco central de Copacabana,
Francisco foi acolhido com a música “Seja bem-vindo”, interpretada pelo
padre Fábio de Mello. Em seguida, Dom Orani João Tempesta saudou o Santo
Padre, agradecendo-lhe a visita ao Rio e dando-lhe as boas-vindas.
Posteriormente, Francisco assistiu a um
espetáculo de música e dança, promovido por cerca de 250 jovens.
Bandeiras dos diversos país foram levadas ao palco.
Em suas palavras aos peregrinos,
Francisco ressaltou o testemunho de fé que os jovens estão dando durante
estes dias. “Ouvi dizer que os cariocas não gostam muito do frio e da
chuva. Mas, vocês estão demonstrando que a fé de vocês é mais forte que o
frio e a chuva. Parabéns!”, disse espontaneamente o Papa.
Francisco recordou a primeira JMJ a nível internacional que aconteceu também na América Latina, na Argentina, em 1987.
Em seguida, o Pontífice pediu um minuto
de silêncio em memória à jovem Sophie Morinière que faleceu num
acidente, na Guina Francesa. Sophie, juntos com outros jovens, viajavam
rumo ao Rio de janeiro para participar da JMJ 2013.
Seguindo, o Santo Padre recordou o Papa
emérito Bento XVI que convocou esta Jornada no Brasil. Segundo o
Francisco, Bento XVI disse que acompanharia a JMJ pela televisão.
“Vocês, jovens, responderam numerosos ao convite do Papa Bento XVI, que
lhes convocou para celebrá-la. Agradecemos-lhe de todo coração! O meu
olhar se estende por esta grande multidão: vocês são muitíssimos! Vocês
vêm de todos os continentes!”, acrescentou.
Para o Papa Francisco, o Rio de Janeiro
tornou-se o centro da Igreja, seu coração vivo e jovem. “O ‘trem’ desta
Jornada Mundial da Juventude, veio de longe e atravessou toda a Nação
brasileira seguindo as etapas do projeto ‘Bote Fé’. Hoje chegou ao Rio
de Janeiro. Do Corcovado, o Cristo Redentor nos abraça e abençoa.”
O Pontífice também se referiu àqueles
que acompanham a Jornada pelos meios de comunicação. A todos, o Papa
disse: “sintamo-nos unidos uns com os outros, na alegria, na amizade, na
fé. E tenham a certeza: o meu coração de Pastor abraça a todos com
afeto universal. O Cristo Redentor, do alto da montanha do Corcovado,
lhes acolhe na Cidade Maravilhosa. Bem-vindos a esta grande festa da
fé!”
Por fim, o Santo Padre saudou o
presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Estanislau
Ryłko. Agradeceu ao Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta
pela cordialidade na recepção e pelo “grande trabalho realizado para
preparar a JMJ, junto com as diversas dioceses desse imenso Brasil”.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Papa diz que liberação da droga não é solução para dependência química
Papa Francisco afirmou que é necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas
Acesse
:: Leia o discurso do Papa na íntegra
Depois da inauguração, Francisco irá voltar à residência oficial onde está hospedado no Rio
Após a visita ao Santuário de Aparecida,
nesta quarta-feira, 24, o Papa Francisco retornou ao Rio de Janeiro,
para inaugurar um centro de atendimento para dependentes químicos no
Hospital São Francisco de Assis da Providência de Deus. O local iniciará
os atendimentos no final do mês, com 40 leitos. Quantidade que deve
aumentar até o final do ano.
Uma multidão aguardava o Santo Padre no
Hospital e o Pontífice fez questão de cumprimentar a todos.
Funcionários, pacientes do hospital podiam se aproximar livremente do
Papa para saudá-lo e ele parou para conversar com várias pessoas
enquanto se dirigia ao palco instalado no local para o ato de
inauguração.
O Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, saudou o Papa
e falou sobre o trabalho que será realizado pelo Polo de Atenção
Integral à Saúde Mental (P.A.I.).
Na sequência, dois recuperandos falaram
de suas experiências com as drogas e o modo como conseguiram vencer o
vício. O Santo Padre acompanhou cada história atentamente, abraçando-os
em seguida.
Logo após, o Papa Francisco fez um
discurso, no qual destacou que há muitas situações no Brasil e no mundo
que reclamam atenção, cuidado e amor, como a luta contra a dependência
química. “A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que
semeia a dor e a morte, exige da inteira sociedade um ato de coragem”,
destacou.
:: Leia o discurso do Papa na íntegra
O Pontífice afirmou que, ao contrário do
que se discute em várias partes da América Latina, não é liberando o
uso das drogas que se conseguirá “reduzir a difusão e a influência da
dependência química”.
Segundo ele, “é necessário enfrentar os
problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior
justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum,
acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro.
Precisamos todos de olhar o outro com os olhos de amor de Cristo,
aprender a abraçar quem passa necessidade, para expressar solidariedade,
afeto e amor.
Entretanto, o Papa salientou, “abraçar
não é o suficiente”. “Estendamos a mão a quem vive em dificuldade, a
quem caiu na escuridão da dependência, talvez sem saber como, e
digamos-lhe: Você pode se levantar, pode subir; é exigente, mas é
possível se você o quiser”.
E dirigindo-se aos jovens em tratamento,
o Papa disse: “Queridos amigos, queria dizer a cada um de vocês, mas
sobretudo a tantas outras pessoas que ainda não tiveram a coragem de
empreender o mesmo caminho de vocês: Você é o protagonista da subida;
esta é a condição imprescindível! Você encontrará a mão estendida de
quem quer lhe ajudar, mas ninguém pode fazer a subida no seu lugar. Mas
vocês nunca estão sozinhos!”
Papa Francisco orientou os jovens a
olharem para frente com confiança. “A travessia é longa e cansativa, mas
olhem para frente, existe ‘um futuro certo, que se coloca numa
perspectiva diferente relativamente às propostas ilusórias dos ídolos do
mundo, mas que dá novo impulso e nova força à vida de todos os dias’. A
vocês todos quero repetir: Não deixem que lhes roubem a esperança! Mas
digo também: Não roubemos a esperança, pelo contrário, tornemo-nos todos
portadores de esperança”.
O polo de atendimento trará uma grande
contribuição para a cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde vivem mais de
600 mil dependentes químicos e apenas 20 leitos disponíveis para
atendimento. Atualmente, o Brasil tem dois milhões de dependentes
químicos, sendo 50% na região Sudeste.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Exortação do Papa Francisco em Aparecida: conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus, viver na alegria
Aparecida (RV) - O Santo Padre está presidindo, no Santuário Nacional de
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Aparecida, SP, a santa missa, ato
central desta sua visita à Padroeira do Brasil. A seguir, propomos, na íntegra,
a homilia que o Papa Francisco acabou de pronunciar:
Venerados irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos irmãos e irmãs!
Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. No dia seguinte à minha eleição como Bispo de Roma fui visitar a Basílica de Santa Maria Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério de Sucessor de Pedro. Hoje, eu quis vir aqui para suplicar à Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida do povo latino-americano.
Queria dizer-lhes, primeiramente, uma coisa. Neste Santuário, seis anos atrás, quando aqui se realizou a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, pude dar-me conta pessoalmente de um fato belíssimo: ver como os Bispos – que trabalharam sobre o tema do encontro com Cristo, discipulado e missão – eram animados, acompanhados e, em certo sentido, inspirados pelos milhares de peregrinos que vinham diariamente confiar a sua vida a Nossa Senhora: aquela Conferência foi um grande momento de vida de Igreja. E, de fato, pode-se dizer que o Documento de Aparecida nasceu justamente deste encontro entre os trabalhos dos Pastores e a fé simples dos romeiros, sob a proteção maternal de Maria. A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: “Mostrai-nos Jesus”. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria.
Assim, de cara à Jornada Mundial da Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um País e de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Para tal, gostaria de chamar à atenção para três simples posturas: Conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; viver na alegria.
1. Conservar a esperança. A segunda leitura da Missa apresenta uma cena dramática: uma mulher – figura de Maria e da Igreja – sendo perseguida por um Dragão – o diabo - que quer lhe devorar o filho. A cena, porém, não é de morte, mas de vida, porque Deus intervém e coloca o filho a salvo (cfr. Ap 12,13a.15-16a). Quantas dificuldades na vida de cada um, no nosso povo, nas nossas comunidades, mas, por maiores que possam parecer, Deus nunca deixa que sejamos submergidos. Frente ao desânimo que poderia aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em quem se esforça por viver a fé como pai e mãe de família, quero dizer com força: Tenham sempre no coração esta certeza! Deus caminha a seu lado, nunca lhes deixa desamparados! Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros. Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade. Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo. Neste Santuário, que faz parte da memória do Brasil, podemos quase que apalpá-los: espiritualidade, generosidade, solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores que encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã.
2. A segunda postura: Deixar-se surpreender por Deus. Quem é homem e mulher de esperança – a grande esperança que a fé nos dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende. A história deste Santuário serve de exemplo: três pescadores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas águas do Rio Parnaíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende, como o vinho novo, no Evangelho que ouvimos. Deus sempre nos reserva o melhor. Mas pede que nos deixemos surpreender pelo seu amor, que acolhamos as suas surpresas. Confiemos em Deus! Longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho da esperança, se esgota. Se nos aproximamos d’Ele, se permanecemos com Ele, aquilo que parece água fria, aquilo que é dificuldade, aquilo que é pecado, se transforma em vinho novo de amizade com Ele.
3. A terceira postura: Viver na alegria. Queridos amigos, se caminhamos na esperança, deixando-nos surpreender pelo vinho novo que Jesus nos oferece, há alegria no nosso coração e não podemos deixar de ser testemunhas dessa alegria. O cristão é alegre, nunca está triste. Deus nos acompanha. Temos uma Mãe que sempre intercede pela vida dos seus filhos, por nós, como a rainha Ester na primeira leitura (cf. Est 5, 3). Jesus nos mostrou que a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte foram derrotados. O cristão não pode ser pessimista! Não pode ter uma cara de quem parece num constante estado de luto. Se estivermos verdadeiramente enamorados de Cristo e sentirmos o quanto Ele nos ama, o nosso coração se “incendiará” de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso lado. Como dizia Bento XVI: «O discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro” (Discurso inaugural da Conferência de Aparecida [13 de maio de 2007]: Insegnamenti III/1 [2007], 861).
Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2,5). Sim, Mãe nossa, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja.
Fonte: Radiovaticana.va
Homilia de Papa Francisco em Aparecida
Venerados irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos irmãos e irmãs!
Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. No dia seguinte à minha eleição como Bispo de Roma fui visitar a Basílica de Santa Maria Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério de Sucessor de Pedro. Hoje, eu quis vir aqui para suplicar à Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida do povo latino-americano.
Queria dizer-lhes, primeiramente, uma coisa. Neste Santuário, seis anos atrás, quando aqui se realizou a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, pude dar-me conta pessoalmente de um fato belíssimo: ver como os Bispos – que trabalharam sobre o tema do encontro com Cristo, discipulado e missão – eram animados, acompanhados e, em certo sentido, inspirados pelos milhares de peregrinos que vinham diariamente confiar a sua vida a Nossa Senhora: aquela Conferência foi um grande momento de vida de Igreja. E, de fato, pode-se dizer que o Documento de Aparecida nasceu justamente deste encontro entre os trabalhos dos Pastores e a fé simples dos romeiros, sob a proteção maternal de Maria. A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: “Mostrai-nos Jesus”. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria.
Assim, de cara à Jornada Mundial da Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um País e de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Para tal, gostaria de chamar à atenção para três simples posturas: Conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; viver na alegria.
1. Conservar a esperança. A segunda leitura da Missa apresenta uma cena dramática: uma mulher – figura de Maria e da Igreja – sendo perseguida por um Dragão – o diabo - que quer lhe devorar o filho. A cena, porém, não é de morte, mas de vida, porque Deus intervém e coloca o filho a salvo (cfr. Ap 12,13a.15-16a). Quantas dificuldades na vida de cada um, no nosso povo, nas nossas comunidades, mas, por maiores que possam parecer, Deus nunca deixa que sejamos submergidos. Frente ao desânimo que poderia aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em quem se esforça por viver a fé como pai e mãe de família, quero dizer com força: Tenham sempre no coração esta certeza! Deus caminha a seu lado, nunca lhes deixa desamparados! Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros. Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade. Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo. Neste Santuário, que faz parte da memória do Brasil, podemos quase que apalpá-los: espiritualidade, generosidade, solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores que encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã.
2. A segunda postura: Deixar-se surpreender por Deus. Quem é homem e mulher de esperança – a grande esperança que a fé nos dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende. A história deste Santuário serve de exemplo: três pescadores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas águas do Rio Parnaíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende, como o vinho novo, no Evangelho que ouvimos. Deus sempre nos reserva o melhor. Mas pede que nos deixemos surpreender pelo seu amor, que acolhamos as suas surpresas. Confiemos em Deus! Longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho da esperança, se esgota. Se nos aproximamos d’Ele, se permanecemos com Ele, aquilo que parece água fria, aquilo que é dificuldade, aquilo que é pecado, se transforma em vinho novo de amizade com Ele.
3. A terceira postura: Viver na alegria. Queridos amigos, se caminhamos na esperança, deixando-nos surpreender pelo vinho novo que Jesus nos oferece, há alegria no nosso coração e não podemos deixar de ser testemunhas dessa alegria. O cristão é alegre, nunca está triste. Deus nos acompanha. Temos uma Mãe que sempre intercede pela vida dos seus filhos, por nós, como a rainha Ester na primeira leitura (cf. Est 5, 3). Jesus nos mostrou que a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte foram derrotados. O cristão não pode ser pessimista! Não pode ter uma cara de quem parece num constante estado de luto. Se estivermos verdadeiramente enamorados de Cristo e sentirmos o quanto Ele nos ama, o nosso coração se “incendiará” de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso lado. Como dizia Bento XVI: «O discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro” (Discurso inaugural da Conferência de Aparecida [13 de maio de 2007]: Insegnamenti III/1 [2007], 861).
Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2,5). Sim, Mãe nossa, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja.
Fonte: Radiovaticana.va
Homilia de Papa Francisco em Aparecida
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Entrai pela porta estreita
Jesus começou a sua vida pública anunciando o Reino de Deus e chamando o povo à conversão.
‘O tempo está realizado e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho’ (Mc 1,15).
Seguir a Jesus implica em morrer para si mesmo, para o egoísmo, para a vaidade, para o próprio orgulho, a fim de estar totalmente disponível para fazer a vontade de Deus. Isto não é fácil. Na verdade, chega a ser quase impossível face à nossa natureza decaída. É preciso a graça de Deus a nos mover nesta dura caminhada. Mas, quando queremos nos converter, a graça de Deus nunca nos falta; porque, antes de mais nada, este é o desejo do Senhor.
‘Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação’ (1Tess 4,3), diz São Paulo.
Deus fez do sofrimento a matéria prima da salvação, como disse Michel Quoist. Mais do que a própria oração, o sofrimento, aceito com paciência e oferecido a Deus na fé, é o melhor agente da conversão pessoal. Não é a toa que os santos falavam do ‘martírio da paciência’ que nos leva ao céu.
As ervas daninhas do jardim da nossa alma têm raízes profundas em nós, e é nelas que se apega o nosso Ego, cheio de orgulho, de vaidade, de amor próprio, eivado de paixões, afetos desordenados, apego às coisas materiais, ao dinheiro, às pessoas e a si mesmo, não deixando espaço para Deus reinar em nós, como deve ser. O sofrimento acolhido com ação de graças, na fé, e oferecido a Deus como Jesus o fez, é o remédio propício para matar as raízes profundas das ervas daninhas do nosso Eu. Somente a cruz nos liberta de nós mesmos e nos faz ‘morrer’ a qualquer outro amor e afeição que não seja Deus. Por isso, é preciso saber sofrer; por amor a Deus; para que Ele reine em nós. São Paulo disse que:
‘A linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus’ (1 Cor 1,18).
Cada vez que suportamos o sofrimento, qualquer que seja ele, vindo da parte dos homens ou de Deus, com paciência e fé, Deus nos cura, salva e liberta. Santa Teresa D’Ávila dizia que: ‘os mais queridos de Deus são os que mais sofrem´, como Jesus, mas que ‘Deus não manda um sofrimento sem pagá´lo com algum favor’.
São Tiago afirma que ‘a paciência produz uma obra perfeita´ (Tg 1,4) e que é ‘feliz o homem que suporta a provação’ (Tg 1,12).
Quando se abraça as cruzes que Deus manda, elas ficam mais leves, diz Santa Teresa… ‘Tome a sua cruz, a cada dia, e siga-me (Lc 9,23), sem se lamentar, sem mau humor, sem revolta na alma, sem repugnância… Este é o caminho da conversão. É um trabalho diário… até a santificação.
Os santos são unânimes em afirmar que não se pode fazer nada melhor para Deus do que ‘sofrer com paciência todas as amarguras da vida’. São Paulo expressou isto dizendo:
Prof Felipe Aquino
‘O tempo está realizado e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho’ (Mc 1,15).
Este chamado de Cristo se dirige a cada um de nós.
O homem foi feito para Deus. Para se
realizar Nele, plenamente, participando de sua divindade e desfrutando
do seu amor. O centro de sua vida, de suas atenções, e de todas as suas
atividades deveria ser unicamente Deus. Como dizia São Francisco um
convertido perfeito: ”meu Deus e meu Tudo”.
O homem convertido é aquele que voltou-se definitiva e totalmente para Deus, como os santos o fizeram.
O pecado original nos deixou ‘órfãos’ de
Deus, e nos colocou no lugar Dele. Passamos a ‘servir’ e a ‘adorar’ a
nós mesmos, ao invés de servirmos e adorarmos a Deus.
O nosso processo de conversão consiste,
portanto, em retirar o nosso “Eu” do trono do coração, para aí deixarmos
reinar Deus. E isto é um processo, que pode durar a vida toda, ou ainda
mais. Até após a morte a Igreja ensina que, em uma nova dimensão de
vida, poderemos continuar a obra de nossa conversão para Deus, no
purgatório.
A conversão é um caminho estreito porque
exige ‘morrer’ para si mesmo e para o mundo. Neste aspecto Jesus foi
muito claro e não deixou dúvida:
‘Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me’ ( Mt16,24; Lc 23,27).
Seguir a Jesus implica em morrer para si mesmo, para o egoísmo, para a vaidade, para o próprio orgulho, a fim de estar totalmente disponível para fazer a vontade de Deus. Isto não é fácil. Na verdade, chega a ser quase impossível face à nossa natureza decaída. É preciso a graça de Deus a nos mover nesta dura caminhada. Mas, quando queremos nos converter, a graça de Deus nunca nos falta; porque, antes de mais nada, este é o desejo do Senhor.
‘Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação’ (1Tess 4,3), diz São Paulo.
‘Se o grão de trigo que cai na terra não
morrer, permanecerá só; mas se morrer produzirá muito fruto. Quem ama
sua vida a perde e quem perde a sua vida neste mundo, guardá-a para a
vida eterna’ (Jo 12,24-25).
É preciso estar disposto a ‘perder a vida para ganhá-la’.
‘Entrai pela porta estreita, porque
larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição… Estreita,
porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à Vida’ (Mt7,13).
E Jesus concluiu dizendo que ‘são poucos os que o encontram’; ‘Só os violentos [consigo] arrebatam o Reino’.
Deus fez do sofrimento a matéria prima da salvação, como disse Michel Quoist. Mais do que a própria oração, o sofrimento, aceito com paciência e oferecido a Deus na fé, é o melhor agente da conversão pessoal. Não é a toa que os santos falavam do ‘martírio da paciência’ que nos leva ao céu.
Quando Deus permite que o sofrimento nos
atinja, Ele tem para conosco um desígnio de salvação. O sofrimento não é
castigo mandado por Deus, mas certamente é correção. A carta aos
Hebreus diz que ‘o Senhor educa a quem ama, e corrige todo filho que o
acolhe’ (Hb 12,6). E continua:
‘É para vossa educação que sofreis. Deus
vos trata como filhos… Deus nos educa para o aproveitamento, a fim de
nos comunicar a sua santidade’ (Hb 12,7).
As ervas daninhas do jardim da nossa alma têm raízes profundas em nós, e é nelas que se apega o nosso Ego, cheio de orgulho, de vaidade, de amor próprio, eivado de paixões, afetos desordenados, apego às coisas materiais, ao dinheiro, às pessoas e a si mesmo, não deixando espaço para Deus reinar em nós, como deve ser. O sofrimento acolhido com ação de graças, na fé, e oferecido a Deus como Jesus o fez, é o remédio propício para matar as raízes profundas das ervas daninhas do nosso Eu. Somente a cruz nos liberta de nós mesmos e nos faz ‘morrer’ a qualquer outro amor e afeição que não seja Deus. Por isso, é preciso saber sofrer; por amor a Deus; para que Ele reine em nós. São Paulo disse que:
‘A linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus’ (1 Cor 1,18).
Cada vez que suportamos o sofrimento, qualquer que seja ele, vindo da parte dos homens ou de Deus, com paciência e fé, Deus nos cura, salva e liberta. Santa Teresa D’Ávila dizia que: ‘os mais queridos de Deus são os que mais sofrem´, como Jesus, mas que ‘Deus não manda um sofrimento sem pagá´lo com algum favor’.
São Tiago afirma que ‘a paciência produz uma obra perfeita´ (Tg 1,4) e que é ‘feliz o homem que suporta a provação’ (Tg 1,12).
Quando se abraça as cruzes que Deus manda, elas ficam mais leves, diz Santa Teresa… ‘Tome a sua cruz, a cada dia, e siga-me (Lc 9,23), sem se lamentar, sem mau humor, sem revolta na alma, sem repugnância… Este é o caminho da conversão. É um trabalho diário… até a santificação.
Os santos são unânimes em afirmar que não se pode fazer nada melhor para Deus do que ‘sofrer com paciência todas as amarguras da vida’. São Paulo expressou isto dizendo:
‘Completo na minha carne o que falta à paixão de Cristo, pelo seu corpo , que é a Igreja’ (Col 1,24).
‘Nós somos o Corpo de Cristo, a Igreja’
(1Cor 12,27), e este seu Corpo também precisa passar pela paixão para
entrar na glória, assim como Jesus. Isto vale mais para a nossa
conversão do que todos os exercícios espirituais, diz Santo Afonso. É o
remédio pelo qual Deus destrói em nós as más inclinações interiores e
exteriores, consequência da corrupção do pecado, e nos conduz à perfeita
conversão.
Contudo, é preciso ficar claro que este
caminho de ‘renúncia a si mesmo’ e de abnegação, não é um caminho de
tristeza e frustração, como alguns podem pensar, não. Ao contrário, é um
caminho de paz e felicidade, alegria e liberdade. O maior carrasco de
cada um de nós é o nosso próprio Eu, cheio de más inclinações e de
vontades. Livrar-se do próprio Eu, colocá-lo no devido lugar, é viver
verdadeiramente como homem, segundo a vontade de Deus, e não como um
farrapo humano que vive se arrastando pela vida, dominado pelos prazeres
e pelas más inclinações. Esta ascese cristã não quer dizer que nos
desprezaremos, ou que enterraremos os nossos talentos; ao contrário, os
desenvolveremos ao máximo das suas potencialidades, não porém, para
satisfazer o nosso egoísmo, mas para colocá- los mais e melhor a serviço
de Deus e dos irmãos.
Prof Felipe Aquino
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