O
livro do Apocalipse de São João hoje nos chama a atenção para o perigo
do arrefecimento do amor para com Jesus Cristo e, em consequência, do
esfriamento em nossa vida de oração. Pois, por mais forte que seja a
nossa experiência com o Senhor, o mundo materialista em que vivemos nos
leva ao afastamento das coisas de Deus. O ritmo de vida que vivemos não
favorece a nossa vida de oração, a nossa comunhão com Deus e com os
irmãos.
Diante dessas
dificuldades, a Palavra de Deus hoje é muito oportuna para nos colocar
numa tensão saudável. Pois, por mais que nos esforcemos, por mais que
perseveremos e não desanimamos (cf. Ap 2, 2-3), com o tempo, acabamos
abandonando o primeiro amor (cf. Ap 2, 4). Não podemos deixar de vigiar a
nossa conduta, para não nos tornar insensíveis ao pecado que está
sempre ligado à falta de amor a Deus e aos irmãos.
Para nos ajudar nessa
vigilância, a Palavra nos convida a lembrar de onde caímos (cf. Ap 2,
4b), a reconhecer as nossas fragilidades. Pois, quando nos reconhecemos
pecadores, mais facilmente nos damos conta que não somos pessoas
confiáveis. Ao contrário, precisamos estar sempre atentos, pois a todo
momento podemos deixar o primeiro amor, o amor da primeira experiência
com Cristo, e acabamos voltando-nos para outros amores.
Conscientes das nossas
fragilidades, mas confiantes na graça de Deus, que não nos deixa
desamparados, voltemos nosso coração para o Senhor. Nos coloquemos
também sob a proteção e intercessão da Virgem Maria, que sabe das nossas
fraquezas e, por isso, vai sempre nos lembrar que precisamos do
Espírito Santo para nos guiar, para nos conduzir conforme a vontade do
Pai.
Nos confiando inteiramente
a Nossa Senhora, não precisamos nos preocupar, pois ela sempre nos
conduz ao Seu Filho Jesus Cristo. Por isso, consagremos a Maria
a nossa vida, para que inflamados do amor que vem do Espírito, possamos
amar verdadeiramente a Cristo e o ajudar na edificação do Reino dos
Céus.
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