quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sejamos como nosso Mestre e Senhor

“Para o discípulo, basta ser como o seu mestre, e para o servo, ser como o seu senhor. Se ao dono da casa eles chamaram de Belzebu, quanto mais aos seus familiares!” (Mt 10, 25).

O Senhor hoje nos chama a atenção para as exigências do seguimento do caminho que Ele nos propôs, da renúncia de nós mesmos e de tomar a nossa cruz a cada dia (cf. Lc 9, 23). Como a Isaías, que foi chamado pelo Senhor (cf. Is 6, 8), somos chamados a dar uma resposta, conscientes que não trilharemos caminhos fáceis. Se a Jesus chamaram de Belzebu (cf. Mt 10, 25), quanto mais a nós, seus irmãos por graça, farão coisas semelhantes ou até piores. Isto é uma indicação de que se entramos para o caminho do Senhor, seremos provados, como também Jesus o foi.

O Senhor não nos diz que talvez seremos perseguidos, incompreendidos, maltratados, mas coloca tudo isso como certeza. Por isso, não nos enganemos achando que ao entrarmos para o caminho do Senhor teremos facilidades. Pois, se Cristo padeceu tantos males, assim como todos os apóstolos e discípulos, não teremos nós que sofrer também?

Quando vierem as perseguições, não nos esqueçamos que Jesus nos alertou que estas chegariam. Por isso, Ele nos disse: “não tenhais medo” (cf. Mt 10, 26.28.31). Por três vezes o Senhor nos diz para não termos medo! Não tenhais medo, pois a verdade sempre virá à luz (v. 26); não tenhais medo dos que podem matar o corpo, pois esta vida é passageira, mas o que está em jogo é a nossa salvação (v. 28); não tenhais medo, pois se um pardal não cai por terra sem que seja a vontade de Deus, quanto mais nós, que valemos muito mais que muitos pardais (v. 31), não partiremos desta vida para a outra sem que seja a vontade de Deus.

Diante da Palavra de Deus e do chamado do Senhor, é inevitável termos certo medo. Temos medo das incompreensões, das dificuldades, das perseguições. Por isso, sigamos no caminho de Jesus como Ele mesmo o fez, pois “o discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor” (Mt 10, 24). Jesus, em toda a sua vida teve Maria sempre perto. Mesmo na sua vida pública, durante os três últimos anos de sua vida terrena, a Virgem Maria esteve sempre presente, ainda que de maneira muito discreta.

No momento crucial da vida de Jesus, Maria estava lá, de pé, junto à cruz (cf. Jo 19, 25). Neste momento, Cristo deixa seu testamento para sua mãe e para o discípulo amado. Ele disse a Nossa Senhora: “eis aí teu filho” (Jo 19, 26). Neste momento de dor e de angústia diante da morte, Jesus entrega a cada de um de nós a Virgem Maria. Depois, Ele diz a João: “eis aí tua mãe” (Jo 19, 27). Entregando sua mãe a João, ele entrega Maria como mãe a cada um de nós, cristãos.

Quando nos vemos diante dos sofrimentos, das tristezas, das tribulações, não nos esqueçamos que Jesus nos entregou a Virgem Maria e nos entreguemos a ela como filhos, como João o fez e a levou para sua casa (cf. Jo 19, 27b). Não tenhamos medo de seguir a Jesus Cristo, pois Ele está conosco até o fim dos tempos (cf. Mt 28, 20) e, com Ele a Virgem Maria, que intercede por nós para que não o neguemos quando vierem as perseguições. Pois, aqueles que não negarem Jesus, não serão negados por Ele diante do Pai, que está nos Céus (cf. Mt 10, 32b).

Fonte : blog.cancaonova.com/tododemaria

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