Nos dias de hoje é muito difícil passarmos um único dia sem
visualizar, pelo menos, uma cena que ative nossos instintos sexuais. Não
precisamos nem ter a iniciativa de buscar, acaba sendo involuntário,
pois, tudo está muito exposto. Ao passarmos pela banca de revistas, nos
outdoors, nas mídias sociais e na TV, existe um universo de estímulos
para quem quer e quem não quer ver.
Parece que tudo, o comercio, a cultura, o entretenimento, etc, usam do
artifício do ‘sexo’ para promover desenvolvimento. Nossas danças, o
jeito do nosso povo, nossas brincadeiras, desde as propagandas de
cerveja, até o anuncio que ensina “como dar más notícias ao esposo” tudo
gira em torno do corpo e do prazer.
São tantas “mulheres frutas” e homens “sonho de consumo” que fica quase
impossível não projetarmos tais figuras em quem está ou entra em nosso
círculo de amizades.
É tanta gente condicionada, movida a apelos sensuais, que fica fácil
encontrar alguém para trocar afetos e logo levar para cama.
Com tantas imposições exteriores e com nosso ser, nosso humano, tendo
uma pré disposição da natureza em buscar o ato sexual, é possível que
um casal atravesse o período de namoro – estando próximos o bastante
para sentir o calor um do outro – mas, mantendo a pureza e guardando-se
até o dia do casamento?
Com certeza não será fácil!
Contudo, penso que exatamente na castidade está a ‘alma’ e a ‘grande
expressão’ do amor doação. Onde se faz a comunicação, através de gestos
que significam e dizem: “Ao invés de buscar o meu anseio, meu próprio
querer, minhas tendências de prazer, eu, antes estou optando por lhe
fazer o bem, em te amar, lhe conhecendo e querendo identificar-me a ti”.
Deixar-se levar pelas ladeiras dos incentivos carnais e imposição de
mentalidades fúteis é muito fácil.
Desafiador e compensador mesmo, é
investir em “Um Amor Maior” a tudo o que se vê.
Será uma decisão que teremos que tomar. Ou escolhemos por um
relacionamento condicionado ao prazer, daí então, será quase que
improvável chegar-se a propósitos mais elevados, ou deixamos que a graça
da castidade formate em nós o domínio de si e a verdadeira intimidade e
com a pessoa amada.
Muito mais que a sensação carnal o que preencherá o nosso coração será a
alegria de fazer o bem, conhecendo a pessoa no seu todo. Necessitamos
de intimidade e não de sexo fora do tempo.
Quantos, que mesmo tendo toda satisfação sexual, não entram em seus
quartos sozinhos e sentem um vazio interior? Poucos serão os jovens que
iniciando essa prática no seu namoro, não irão testemunhar depois que
seu relacionamento praticamente gira em torno do encontro para o sexo.
O prazer a todo custo gera egoismo, o egoismo gera indiferença, a
indiferença gera a maldade e a maldade gera violência. Quem nunca ouviu
uma palavra de escárnio por parte de ex namorados que tiveram relação
sexual? Isso também não é um dos níveis de agressão?
Realmente será uma luta, viver a castidade neste mundo tão marcado
pela quase obrigatoriedade de gozo.
Fujamos dos incentivos visuais e
sensoriais e dos momentos de maior vulnerabilidade. Se a coisa começar a
esquentar, vá para a presença de outras pessoas ou corra para a sua
casa. Vigie!
Além da nossa decisão, existe em nós uma força que viabiliza a
castidade. É a graça do Espírito Santo que vem pela Palavra de Deus. Uma
juventude convencida da beleza da castidade, que luta com afinco pela
santidade e embuídos do conhecimento da Sagrada Escritura, lutará e
conseguirá manter a pureza, em vista do bem por si mesmo, por amor a
pessoa amada e principalmente pelo amor ao Senhor.
“Como um jovem manterá pura a sua vida? Sendo fiel às vossas palavras” (Sl 118, 9).
Não estamos sozinhos nessa empreitada.
Rezo pedindo a benção de Deus sobre todos os casais, que a assistência
do Altíssimo venha sobre a necessidade do seu namoro. A bondade Dele
caminha ao nosso lado e está presente em meio aos apaixonados,
entrepondo-se como Pessoa que une e alimenta de virtudes a união.
Deus abençoe!
Fonte: Sandro Arquejada
Pregação "ABANDONEIS AS OCASIOES DE PECADO" Mons. JONAS ABIB
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