segunda-feira, 30 de julho de 2012

Homilia Diária 30/07/2012 (Segunda)

Nossa conversão interior testemunha o crescimento do Reino de Deus


 

 


A preocupação com o crescimento na gerência de empresas geralmente envolve uma fascinação por números e estatísticas. As empresas gostam de mostrar com tabelas e gráficos as vendas e a clientela crescentes. Jesus fala do crescimento em Seu Reino. Não, porém, o tipo de crescimento que pode ser medido com gráficos, mas antes com o crescimento interno dos discípulos e uma influência que ultrapassa as estatísticas: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda, que um homem pega e semeia na sua terra. Ela é a menor de todas as sementes; mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as plantas”.

O grão de mostarda que Jesus tinha em mente na sua parábola era provavelmente a mostarda preta, uma árvore que cresce até uma altura de aproximadamente cinco metros. Entre os rabinos, um “grão de mostarda” era uma expressão comum para qualquer coisa muito pequena. Era uma verdadeira maravilha que uma árvore bastante grande – para que as aves repousassem em seus ramos – pudesse sair de uma tão pequena semente.

Parece pequeno no começo: poucos, nos dias de Jesus, poderiam ter imaginado como Ele e, seu grupo não promissor de apóstolos, viraria o mundo de “cabeça para baixo” dentro de poucos anos e finalmente mudaria o curso da história mundial com suas palavras inspiradas.

Palavras que contém o centro da vida: uma pequena pedra não tem vida e não gerará nada. Para a semente de mostarda produzir uma grande árvore precisa conter a maravilhosa fonte de vida.
Ainda que a Palavra de Deus pareça insignificante para alguns, ela contém a fonte da vida espiritual que determina uma transformação radical na vida dos que creem.

Ao pensar no desenvolvimento do Reino, alguns raciocinam em termos sectários e concentram a atenção no crescimento do número de indivíduos associados numa aliança de igrejas. O Reino, porém, não tem nada a ver com uma associação de igrejas locais. Antes, envolve o domínio de Cristo nos corações dos indivíduos. Portanto, o desenvolvimento do Reino pode ser mais bem visto não em crescimento estatístico numa “lista de Igrejas”, mas nas mudanças poderosas nos indivíduos que são libertados de vidas vazias e egoístas, para se tornarem potências para o bem no mundo.

“O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por toda a massa”. A parábola do fermento mostra o modo penetrante pelo qual o Reino influencia tudo o que toca. Quando o fermento do Reino está em nossos corações, colegas de trabalho – ou da escola – perceberão a influência transformadora proveniente desse fermento em nossa vida.

Concluindo: assim como os maravilhosos segredos da vida estão além de nossa compreensão, assim também está a ação da Palavra de Deus no coração de uma pessoa. Tanto numa como noutra, revela-se o Reino de Deus, realmente presente no mundo, na sua dimensão de humildade e simplicidade, mas que se torna universal.

Padre Bantu Mendonça

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