“Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz”. Mais do que falar e escrever, Madre Teresa de Calcutá viveu este seu pensamento.
Pouco se sabe sobre sua infância,
adolescência e juventude, porque ela não gostava de falar de si mesma.
Aos dezoito anos, sentiu o chamado de consagrar-se totalmente a Deus na
vida religiosa. Obtido o consentimento dos pais, e por indicação do
sacerdote que a orientava, no dia 29 de setembro de 1928, ingressou na
Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, situada na Irlanda.
O seu sonho, no entanto, era o trabalho
missionário com os pobres na Índia. Cientes disso, suas superioras a
enviaram para fazer o noviciado já no campo do apostolado. Agnes então
partiu para a Índia e, no dia 24 de maio de 1931, fez a profissão
religiosa tomando o nome de Teresa. Houve na escolha deste nome uma
intenção, como ela própria dissera: a de se parecer com Teresa de Jesus,
a humilde carmelita de Lisieux.
Foi transferida para Calcutá, onde seguiu a carreira docente e, embora
vivesse cercada de meninas filhas das famílias mais tradicionais de
Calcutá, impressionava-se com o que via ao sair às ruas: os bairros
pobres da cidade cheios de crianças, mulheres e idosos cercados pela
miséria, pela fome e por inúmeras doenças.
No dia 10 de setembro de 1946, dia que
ficou marcado na história das Missionárias da Caridade – congregação
fundada por Madre Teresa – como o “Dia da Inspiração”, durante uma
viagem de trem ao noviciado do Himalaia, Madre Teresa deparou com um
irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. A partir disso, ela
afirmou ter tido a clareza de sua missão: dedicar toda sua vida aos mais
pobres dos pobres.
Após um tempo de discernimento, com o
auxílio do Arcebispo de Calcutá e de sua madre superiora, ela saiu de
sua antiga congregação para dar início ao trabalho missionário nas ruas
de Calcutá. Começou por reunir um grupo de cinco crianças, num bairro
pobre, aos quais começou a ensinar numa escola improvisada. Pouco a
pouco, o grupo foi crescendo. Dez dias depois, eram cerca de cinquenta
crianças.
O início foi muito desafiador e exigente,
mas Deus foi abençoando sua obra e as vocações começaram a surgir entre
suas antigas alunas. Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as
constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de
1950, a congregação fundada por ela foi aprovada pela Santa Sé,
expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro anos mais tarde.
No ano de 1979 recebeu o Prêmio Nobel da
Paz. Neste mesmo ano, o Papa João Paulo II a recebeu em audiência
privada e a tornou sua melhor “embaixadora” em todas as nações, fóruns e
assembléias de todo o mundo.
Com saúde debilitada e após uma vida
inteira de amor e doação aos excluídos e abandonados – reconhecida e
admirada por líderes de outras religiões, presidentes, universidades e
até mesmo por alguns países submetidos ao marxismo – Madre Teresa foi
encontrar-se com o Senhor de sua vida e missão no dia 5 de setembro de
1997. Sua despedida atraiu e comoveu milhares de pessoas de todo o mundo
durante vários dias.
Foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 19 de outubro de 2003, Dia Mundial das Missões.
Beata Teresa de Calcutá, rogai por nós!
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