sexta-feira, 29 de junho de 2012

Por que temos medo da cruz?

Padre Paulo Ricardo nos fala sobre a causa do medo que temos de Deus e da cruz.

Todo protestante irá concordar conosco que a vida santa é a imitação de Cristo, só que nós olhamos para a cruz de Cristo e a gente se apavora. Se é isso que temos que fazer, nos dá medo. Mas não tenha medo, Mamãe está aqui. Quantas vezes me levantei durante a noite, assustado no meu quarto e corri para a cama de mamãe. Todo medo, diz o Papa Bento XVI, é medo de solidão, de estar só, desamparado. Ela não fazia nada, bastava que ela estivesse acordada. Ela dizia: deita aqui. Colocava-me entre ela e meu pai, dizendo: não se assuste com esses sonhos terríveis e satânicos; não se assuste, porque tudo que Satanás é capaz de produzir na sua vida é só miragem, é só fumaça, não tem consistência; mamãe tá aqui. Mamãe, a Virgem Maria, está conosco. Entendeu como é que se faz? Entendeu a escola dos mártires? Entendeu como é simples? Na hora da tempestade, na hora da agitação, na hora da tragédia, Mamãe está aqui. Você não está entendendo o motivo do sofrimento, mas Mamãe está aqui, se entregue. Esse é o método de Deus.

Mas, náo podemos recorrer diretamente a Deus?

Ele poderia fazer isso diretamente, é claro, mas a limitação não é de Deus, é nossa. Nós é que somos marcados pelo pecado original e temos medo. A limitação é nossa. Então, por causa deste limite, o jeitinho da Mãe vai nos dando docilidade até o martírio. Aceite a sua cruz, não vai ser ruim, vai ter ressurreição. Ela vai confirmando a fé, porque ela foi a única que permaneceu de pé. Enquanto todos descreram, deixaram de crer, ela continuou crendo. Mesmo recebendo o cadáver do seu Filho Jesus, que era o total desmentido da profecia, na qual o anjo havia dito: “o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi” (Lc 1, 32). Ele estava ali, não sentado, mas deitado. Não no trono, mas no colo dela. Não vivo e reinante, mas morto e derrotado. Lá estava a total refutação, o total desmentido feito carne. O ateísmo se fez carne naquela Cruz. No entanto, ela continuou acreditando na promessa, ela continuou firme, não se abalou, mas continuou crendo.

Nesse sacrifício de fé, veja meu irmão protestante, você que crê na salvação pela fé, nesse sacrifício de fé, a fé mais perfeita foi desta mulher. Posso dizer isso porque Jesus se fez homem, mas é, em primeiro lugar, Deus. Então, a fé mais perfeita foi a de Maria. Na ordem da fé e da graça, quando o total desmentido da profecia de Deus estava nas suas mãos, ela acreditou na promessa até o fim. Esta fé inabalável, que nos é dada quando nos tornamos filhos pequenos nos seus braços, ela diz: Padre Paulo, sua fé não presta para nada, sua fé é tão pequenina e miserável, mas confia em mim, eu creio com você, eu creio por você, entregue tudo para mim e eu crerei no seu lugar, entregue tudo para mim.

Assim como o Filho foi gerado no ventre de Maria, o Filho será gerado em nós no ventre de Maria, afirma São Luís Maria, no seu Tratado da Verdadeira Devoção, que trata da consagração total a Virgem Maria. O caminho de Deus é sempre o mesmo, não muda. Nós vos louvamos e bendizemos por esta Mãe que nos destes, para nos livrar dos medos que temos por causa do pecado original. Obrigado Senhor por tudo que realizais em nossa vida. Obrigado Senhor pela vossa graça, por tudo que realizastes nela e realizareis em nós.

fonte: blog.cancaonova.com/tododemaria

Você conhece a mensagem do Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro?

Ontem a Nossa Igreja celebrou o dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, uma devoção universal, conhecida e venerada em todos os continentes do mundo, talvez a mais ampla e conhecida devoção de Nossa Senhora, especialmente no Oriente. No mundo todo são realizadas as famosas Novenas Perpétuas em honra de Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro.

Pensando nisso, achamos interessante divulgar um artigo da Gaudium Press que explicará o significado do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

A Mensagem do Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Aparentemente é um simples quadro de mais uma das inúmeras devoções à Santa Mãe de Deus, mas se nos determos em seus detalhes, veremos que a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é cheia de simbolismos e significados.

Medindo 53 por 41,5 centímetros o ícone foi produzido no estilo bizantino em madeira sobre um fundo dourado.

Na época em que a obra foi executada, durante o Império Romano, os artistas utilizavam o ouro ou simplesmente sua cor para retratar apenas as grandes personalidades.

Segundo a tradição o quadro foi pintado por um artista até hoje desconhecido que, por sua vez, inspirou-se em uma pintura atribuída a São Lucas.
 

O ícone é rico em detalhes e a cada um deles é atribuído um significado, uma simbologia, uma mensagem.





Eis alguns desses detalhes: 


1 - Abreviação grega de "Mãe de Deus". 

2 - Estrela no véu de Maria, a Estrela que nos guia no mar da vida até o porto da salvação. 

3 - Abreviatura de "Arcanjo São Miguel". 

4 - Coroa de Ouro - O quadro original foi coroado em 1867 em agradecimento dos muitos milagres feitos por Nossa Senhora em se título preferido "Perpétuo Socorro". 

5 - Abreviatura de "Arcanjo São Gabriel". 

6 - São Miguel apresenta a lança, a vara com a esponja e o cálice das amarguras. 

7 - A boca de Maria é pequenina, para guardar silêncio, e evitar as palavras inúteis. 

8 - São Gabriel com a cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus. 

9 - Os olhos de Maria, grandes, voltados sempre para nós, a fim de ver todas as nossas necessidades. 

10 - Túnica vermelha, distintivo das virgens no tempo de Nossa Senhora. 

11 - Abreviação de "Jesus Cristo". 

12 - As mãos de Jesus apoiadas na mão de Maria, significando que por elas nos vêm todas as graças. 

13 - Manto azul, emblema das mães naquela época. Maria é a Virgem - Mãe de Deus. 

14 - A mão esquerda de Maria sustentando Jesus - a mão do consolo que Maria estende a todos que a ela recorrem nas lutas da vida. 

15 - A sandália desatada - símbolo talvez de um pecador preso ainda a Jesus por um fio - o último - a devoção a Nossa Senhora.

O fundo do quadro é de ouro, dele esplendem reflexos cambiantes, matizando as roupas e simbolizando a glória do paraíso para onde iremos, levados pelo perpétuo socorro de Maria.

Assustado pela aparição dos dois anjos, mostrando-lhe os instrumentos de sua morte, Jesus corre para os braços de sua Mãe, e com tanta pressa que desamarrou-se o cordão da sandália... Nossa Senhora abriga-o com ternura e o Menino Jesus sente-se seguro nos braços de sua Mãe. O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao menino, mas a nós - apelando para os homens evitarem o pecado, causa do susto e da morte de Jesus. As mãos de Jesus estão na mão de Maria para lembrar que Ela é a Medianeira de todas as graças.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Preocupai-vos com o Reino dos céus. (Pe. Jose Augusto)

O Senhor quer nos alimentar com sua Palavra, é Deus que deseja falar em nós. No evangelho, Deus nos mostra duas realidades: a preocupação dos homens e a preocupação de Deus, porém é nós que precisamos nos preocupar com as coisas de Deus.

Na Terra Santa, existe o monte das Bem-aventuranças, de frente ao Mar da Galileia, esse é o cenário do evangelho de hoje. Os discípulos, assim como nós, estavam com muitas preocupações e Jesus, percebendo isso disse: “Vocês estão vendo as aves do Céu, quem dá de comer a elas é o Pai do Céu, se Ele dá as aves, não dará a vocês?” Deus quer cuidar de nós, seja do vestir, do comer ou como da sua família.

Hoje em dia, é comum vermos nos meios de comunicação muitos, por conta das preocupações chegam ao extremo de se matar. Precisamos aprender a viver com a simplicidade as coisas. Sabemos que o desemprego assola a muitos, mas será que somos nós que queremos escolher o emprego que queremos, mas não enxergamos o emprego que Deus quer nos dá. Emprego tem, mas não tem do jeito que queremos. Mãos à obra, o Pai deu emprego para todos. O Pai do Céu é bom! Mas precisamos dar passos concretos em direção à vontade de Deus.

O povo começa a murmurar contra a Deus: “Oxalá tivéssemos sido mortos pela mão do Senhor no Egito, quando nos assentávamos diante das panelas de carne e tínhamos pão em abundância! Vós nos conduzistes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão”Ex 16,3

Mas, Deus cumpre a sua promessa: “À tarde, com efeito, subiram codornizes (do horizonte) e cobriram o acampamento; e, no dia seguinte pela manhã, havia uma camada de orvalho em torno de todo o acampamento.” Ex 16, 13

Se Deus alimenta as aves do céu, também vai alimentar você, busque esperar e firmar-se fé em Deus, pois Deus cuida de nós. 

Precisamos observar de que forma Deus quer lhe ajudar. Ele nos diz que precisamos buscar em primeiro lugar o Reino dos Céus, e é lá que devemos estar todos juntos um dia. Nós temos medo do reino dos céus, muitos de nós temos até duvida que realmente existe. Esperamos milagres, queremos que Jesus resolva nossos problemas, que realize seus sonhos materiais. Não esqueça de que Jesus abriu as portas dos Céus para você, e você ainda se preocupa com as coisas pequenas. Busque ter a preocupação de Jesus: o Reino dos Céus. De que adianta ter todos os tesouros do mundo e perder a vida?

Se morrermos de fome, que morramos em Cristo. A preocupação de Deus é com a nossa Salvação. Você tem se preocupado com isso? Saiba que a qualquer momento poderemos ser chamados.

Volte para a casa do Pai, não se distancie mais. Ele quer ficar com você, mas se você se afastar dele jamais verá o Pai. Não podemos fechas as portas que Jesus Cristo nos abriu, não permitamos que isso aconteça. Deus nunca vai deixar de dar seu perdão para aqueles que O buscam de coração sincero. A nossa preocupação deve ser a de Deus.

Assista um trecho desta homilia:

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A Resposta Católica: Comunhão e Sexo

Padre Paulo Ricardo explica sobre sexo fora do casamento:

Para viver a castidade é preciso que o cristão creia que é possível odiar o pecado e buscar a santidade.

A relação sexual fora do matrimônio é uma mentira, pois existe uma contraposição entre o que o corpo expressa e o que a alma experimenta: o corpo insinua uma entrega total; a alma revela a falta de compromisso entre as partes.

Aceitar que é possível, com a ajuda de Deus sair do pecado e viver da misericórdia é o caminho para o cristão ser vencedor: não fazer do pecado um projeto de vida, eis o caminho para se aproximar da comunhão.

A castidade vem como um dom da misericórdia de Deus.

Como viver a castidade no mundo erotizado?

O namoro não existe para que vocês conheçam os seus corpos
A lei de Deus afirma que o sexo só deve ser vivido no matrimônio; não há outro lugar para a vida sexual. "A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa" (1 Cor 7,4). Note que São Paulo não fala em namorados e noivos, mas esposa e marido.


Paul Claudel, diplomata e escritor francês, disse: "A juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio". Estamos em um mundo erotizado até à exaustão, e tenho pena dos jovens por isso. Mas mesmo assim, Jesus continua a chamá-los, bravamente, a uma vida de castidade. Hoje isso é uma marca do verdadeiro jovem cristão.

Um jovem casto é um jovem forte, cheio de energias para sua vida profissional e moral. É na luta para manter a castidade que você se prepara para ser fiel à sua esposa amanhã. A grandeza de um homem não se mede pelo poder que possui de dominar os outros, mas pela capacidade de dominar a si mesmo. Gandhi dizia que: "A castidade não é uma cultura de estufa... A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária". E acrescenta: "A vida sem castidade parece-me vazia e animalesca". E também: "Um homem entregue aos prazeres perde o seu vigor, torna-se efeminado e vive cheio de medo" (Toschi Tomás, "Gandhi, mensagem para hoje", Editora Mundo três, SP, 1977, pg. 105ss).


Alguns querem se permitir um grau de intimidade "seguro", isto é, até que o "sinal vermelho seja aceso"; aí está um grave engano. Quase sempre o sinal vermelho é ultrapassado e, muitas vezes, acontece o que não deve. Quantas namoradas grávidas...

Para haver a castidade nos nossos atos é preciso que antes ela exista em nossos pensamentos e palavras. Jamais será casto aquele que permitir que os seus pensamentos, olhos, ouvidos, vagueiem pelo mundo do erotismo. O jovem e a jovem cristãos terão de lutar muito para não permitir que o relacionamento sexual os envolva e abafe o namoro. Jesus deu a receita da castidade: "Vigiai e orai" porque "a carne é fraca" (cf. Mt 26, 41).


O namoro não existe para que vocês conheçam os seus corpos... mas as suas almas. Um namoro puro só será possível com a graça de Deus, com a oração, a vida sacramental, a reza do Terço, com a vigilância e, sobretudo, quando os dois quiserem se preservar um para o outro. Será preciso, então, evitar todas as ocasiões que possam facilitar um relacionamento mais íntimo. O provérbio diz que "A ocasião faz o ladrão", e que "Quem brinca com o perigo nele perecerá". Se você sabe que, naquele lugar, naquele carro, naquela casa, etc., a tentação será maior do que suas forças, então, fuja desses locais. Essa é uma fuga justa e heróica.


É preciso lembrar às moças que o homem se excita principalmente pelos olhos. Então, cuidado com a roupa que você usa; com os decotes, com o comprimento das saias... Não ponha "pólvora" no sangue do seu namorado se você não quer vê-lo "explodir". O namoro não é o tempo de viver as carícias matrimoniais, pois elas são o prelúdio do ato sexual, o qual não deve ser realizado nessa fase. O que precisa haver entre os namorados é carinho, não as carícias íntimas. Muitas vezes os casais não se dão conta disso. Não provoque seu namorado.


Jovem cristão, você está diante de um belo e enorme desafio: viver a castidade no meio deste mundo "sexualizado" e erotizado ao extremo. Mas você sabe que quanto maior é a luta, mais valiosa é a vitória! Por isso eu lhe digo: se tivesse de dar uma medalha de ouro puro para um jovem que luta para ser casto ou para um general que ganhou uma grande batalha, eu a daria ao jovem.

Prof. Felipe Aquino
Fonte: www.cancaonova.com







O seu namoro é agradavel a Deus? Pregação com Pe. Jose Augusto.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Alegria imunda vs. a alegria divina


O tema desta pregação foi escolhido pelos internautas, que optaram pelo tema: “A alegria do mundo vs. a alegria em Deus”.

A verdadeira alegria está em Deus. O Senhor faz as coisas boas, porque Ele é belo, perfeito e maravilhoso, por isso a nossa alegria está em nos aproximar d’Ele.

‘Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus Nosso Senhor’ (Romanos 6, 23).

Hoje, 90% dos presos são jovens; os traficantes morrem geralmente com 30 anos, porque o salário do pecado é a morte. Não pode haver alegria no pecado.

Existe uma diferença entre o prazer e alegria, prazer é a satisfação da carne; e alegria é a satisfação da alma. O prazer quando passa deixa gosto de morte; e a alegria deixa o gosto de vida. Existem prazeres que são bons desde que você não desvirtue as coisas; é muito bom sentar à mesa e se alimentar bem, e bater um bom papo com seus amigos é um prazer lícito. Da mesma forma, o desejo da relação sexual dentro do matrimônio é um prazer lícito.

O mal é o abuso daquilo que é bom. Se nós abusamos do bem, se abusamos da comida, da bebida, do sexo fora do casamento, tudo isso se torna mau. O sexo dentro do plano de Deus é lindo, mas se o tiramos dentro do plano divino, ele pode ser causa de adultério, de doenças.

A Igreja nos ensina os 7 pecados capitais: gula, avareza, luxúria, ira, melancolia, preguiça, vaidade, orgulho. São vícios que nos levam à morte. Por outro lado, há 7 virtudes que podem combater esses pecados. Contra a soberba a humildade; contra a ganância o despreendimento; contra a luxuria a castidade; contra a gula o autocontrole; contra a preguiça a vontade de trabalhar; contra a ira a paciência. Nos pecados nós encontramos o caminho da morte; nas virtudes encontramos o caminho de paz.

‘Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. O que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna’ (Gálatas 6,8).

Não cansemos de fazer o bem, porque depois o colhermos, São Paulo nos diz que façamos o bem. Há um ditado popular que diz assim: “Fazer o bem sem olhar a quem”. É fácil fazer o bem para quem eu amo, é fácil e gostoso. Mas será que é fácil fazer o bem para quem não gosto?

A exigência mais difícil da nossa fé é perdoar o nosso inimigo. Há um tempo ouvi uma história de Dona Ana Maria, que foi assaltada na sua casa e o assaltante matou o seu filho de 18 anos. E essa mulher perdoou ao assassino a ponto de toda semana ir até o Carandiru [lugar onde o assassino cumpria pena em São Paulo] para falar de Deus ao assassino de seu filho, e este disse, em lágrimas, a essa senhora: “Se eu conhecesse esse Deus que você me apresentou, eu não mataria seu filho”. Isso é Cristianismo! A verdadeira alegria nasce de fazer o bem; quanto mais bem você faz às pessoas, mais será feliz.

Fazer o bem faz bem, fazer o bem cura, nós precisamos exercitar as virtudes e renunciar aos vícios.
O pior pecado que existe é a soberba, pois ele tem muitos filhos: o orgulho, a prepotência, autosuficiência, entre outros. Mas a Palavra de Deus nos ensina ‘os humilhados serão exaltados e os exultados serão humilhados’. A virtude da humildade nos traz paz e alegria. Santa Terezinha dizia: ‘Eu quero o último lugar, porque ninguém briga por ele.’

O pecado é como uma isca que pega o peixe, o peixe é atraído pela isca, mas ali naquela isca exsite o anzol que o [peixe] pega e possibilita a retirada dele da água. É assim que o pecado acontece na nossa vida; é assim o adultério: primeiramente vem o prazer, mas depois você sente que “por trás da isca está o anzol”. O pecado quando passa em nossa vida deixa o gosto de morte. O pecado é perfumado e se apresenta a você na hora da sua fragilidade. Cuidado! Santo Augostinho dizia: ‘A sua tristeza são os seus pecados; deixe que a santidade seja sua alegria’.

Não admita construir a sua casa na areia, mas, construa-a na rocha, que é Jesus Cristo. Digo aos jovens: não construam sua casa em outro alicerce que não seja Jesus Cristo. Se você constrói em outro alicerce a casa vai cair. Aos 18 anos optei por construir a minha casa em Cristo, e como sou feliz! Não me arrependo, porque quanto mais caminho com Deus, tanto mais vontade eu tenho em ser d’Ele.

Hoje não importa se você está na prostituição ou na droga, Deus não fecha as portas para você. Não se desespere se seu pecado for grande, porque a misericórdia de Deus é para o pecador.

Eu posso dizer que construí minha casa na rocha, construí minha juventude, o meu namoro e meu casamento na rocha de Jesus Critos. Tenho muitos anos de casado, tenho 6 filhos, e netos e sou muito feliz. Não sou feliz porque estudei Física e fiz mestrado, sou feliz porque na minha fraqueza segui Jesus.

Não existe melhor vontade do que a vontade de Deus! Não siga sua vontade, pois a nossa vontade é fraca. Ser feliz é estar na vontade de Deus.

Não basta dizer: Deixe a tristeza do pecado e venha viver a alegria das virtudes. Eu lhe dou a receita: Vigie e ore.

Os pecados entram pela janelas da alma, que são os sentidos, então feche os olhos, a boca, as mãos, se você sabe que se ver algumas cenas vai levá-lo à masturbação. Feche os olhos se for necessário. Não brinque com as ocasiões de pecado. Porque a ocasião faz o ladrão.

Meus irmãos, nós homens casados somos tentados na nossa sexualidade pela TV, Rádio, etc, por isso, se sabemos que algo vai nos fazer mal, fechemos os olhos, os ouvidos, fujamos, indo à Santa Missa, rezando um rosário.

Se você quer ser um homem, uma mulher, um pai, uma mãe, um jovem de Deus: Vigie e ore!

Prof. Felipe Aquino
Fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino

terça-feira, 19 de junho de 2012

A importância da disciplina

As pessoas mais produtivas são aquelas que se organizam

O Papa João Paulo II disse – na Carta às Famílias, escrita em 1994 –, que “o ato de educar o filho é o prolongamento do ato de gerar”. O ser humano só pode atingir a sua plenitude, segundo a vontade de Deus, se for educado; e essa missão é, sobretudo, dos pais. É um direito e uma obrigação deles ao mesmo tempo. É pela educação que a criança aprende a disciplina, por isso os genitores não podem se descuidar dela, deixando-a abandonada a si mesma. Se isso ocorrer, essa criança será como um terreno baldio onde só nasce mato, sujeira, lixo e bichos venenosos. Sem disciplina não se consegue fazer nada de bom nesta vida.

Muitas pessoas não conseguem vencer os problemas e vícios pessoais porque não são disciplinadas. Muitas não conseguem ser perseverantes em seus bons propósitos porque lhes falta essa virtude [disciplina]. Para vencer um vício ou para dominar um mau hábito é preciso disciplina. É por ela que aprendemos a nos dominar. Vale mais um homem que se domina do que o que conquista uma cidade, diz a Bíblia.

A disciplina depende evidentemente da força de vontade; e esta é fortalecida pela graça de Deus. São Paulo diz que é Deus “ que opera em nós o querer e o fazer” (cf. Fil 2,13). As grandes organizações, fortes e duradouras, como, por exemplo, a Igreja, apoiam-se em uma rígida disciplina. É isso que lhes dá condições de superar os modismos e as ameaças de enfraquecimento. Também as grandes empresas fazem o mesmo.

Em primeiro lugar, é preciso organizar a sua vida. Defina e marque, com clareza, todas as suas atividades; sejam elas profissionais, religiosas ou de lazer. Deve haver um tempo definido para cada coisa; o improviso é a grande causa da perda de tempo e de insucesso. As pessoas mais produtivas são aquelas que se organizam. Essas fazem muitas coisas em pouco tempo. Não deixam para depois o que deve ser feito agora.

Não adianta você ter muitos livros se eles não estiverem arrumados por assunto, assim você não vai encontrar um livro que desejar. Não adianta você ter muitos artigos guardados se eles não estiverem classificados e indexados. No meio da bagunça não se pode achar nada, e perde-se muito tempo. Então, aprenda a arquivar tudo com capricho. O povo diz que um homem prevenido vale por dois. Então, seja prudente, cauteloso, previdente. Se você sabe que a sua memória falha, então carregue com você uma caneta e papel, e anote tudo o que deve fazer durante do seu dia, ou sua ida à cidade.

Muitos fracassam em seus projetos porque não sabem fazer um bom planejamento, com critérios, organização e método, porque não são disciplinados. A pressa atropela o planejamento, por falta de disciplina; é um perigo. Sem disciplina não se consegue fazer um bom planejamento. Muitas obras são construídas repletas de defeitos, e custam mais, porque faltou planejamento, disciplina e ordem. Lembre-se: é muito mais fácil, rápido e barato, fazer uma obra planejada, do que fazer tudo às pressas e depois ter que ficar remendando os erros cometidos.

Foi muito feliz quem escreveu em nossa bandeira: “Ordem e Progresso”. Disciplina significa você fazer tudo com ordem, critério, método e organização. Então, disciplina é uma virtude que se adquire desde a infância, em casa com os pais, na escola, na Igreja, no trabalho…

Sem disciplina gastamos muito mais tempo para fazer as coisas e pode-se ficar frustrado de ver o tempo passar sem acabar o que se pretendia fazer. Por isso, é preciso aprender a organizar a vida, o armário e a casa, arrumar a mesa de trabalho, a agenda de compromissos, etc. A disciplina se adquire com o hábito. Habitue-se a fazer tudo com planejamento, ordem, capricho, etapa por etapa, sem atropelos. Deus nos dá o tempo certo e suficiente para fazer o que precisamos fazer.

São Paulo disse aos coríntios que “os atletas se impõem todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguir uma coroa corruptível. Nós o fazemos por um coroa incorruptível”(1Cor 9,25).

Nenhum atleta vence uma competição sem muita disciplina, treinos, regimes, horários rígidos, etc. Ora, na vida espiritual, pela qual desejamos ganhar a “coroa incorruptível”, a disciplina é mais necessária ainda. Ninguém cresce na vida espiritual sem disciplina: horário para rezar, meditar, trabalhar, etc. Estabeleça para você uma rotina de exercícios espirituais diários, e cumpra isto rigorosamente.

Assim Deus vai lentamente ocupando o centro de sua vida, como deve ser com cada cristão. Sem isto você será um cristão inconstante e tíbio.

É preciso insistir e persistir no objetivo definido. Não recue e não abandone aquilo que decidiu fazer. Para isto, pense bem e planeje bem o que vai fazer; não faça nada de maneira afoita, atropelada, movido pelo sentimentalismo ou apenas pela emoção. Não. Só comece uma atividade, física ou espiritual, se tiver antes pensado bem e estiver convencido de que precisa e quer de fato realizá-la. Peça a graça de Deus antes de iniciar a atividade; e prometa a você mesmo não recuar e não desanimar. Cada vez que você começa uma atividade de maneira intempestiva, e logo desiste dela, enfraquece a sua vontade e deixa a indisciplina ganhar espaço em sua vida.

Sem disciplina não se pode chegar à santidade. São Paulo chegou a dizer: “Castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu ter pregado aos outros” (I Cor 9,27).

Prof. Felipe Aquino

sábado, 16 de junho de 2012

A Oração Une os dois Sagrados Corações, por Amor a Você!



“Se você está cansado/sem lugar pra repousar
Venha ao Coração Sagrado de Jesus que aberto está
Pode então entrar / até descansar teu Deus ai espera e quer te amar
Curar tuas feridas, tirar a solidão / reconstruir com selo tudo que está no chão.
Te dá muito carinho, alegre-se irmão felicidade não é ilusão”
(Com. Recado).

O Coração de Jesus é fornalha ardente de amor. Ele é o Pastor Divino, que nos ama com o coração humano. Cuida de nós, suas ovelhas, como Deus cuidaria, nos coloca em seus ombros lugar de repouso, refugio e salvação. Onde eu posso descansar seguro, sem medo e sabendo que todas as minhas feridas serão tratadas. Seu Coração diz pra mim: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Cf. Mt 11,28-29) Como os nossos corações têm saudade desse lugar, precisamos nos deixar vencer, eu tenho saudade de Deus! Sejamos como os pássaros, façamos o nosso ninho na fenda da rocha, Jesus é a rocha e a fenda é o seu Coração aberto de onde choram Sangue e água. Fonte inesgotável de vida, de Santidade, lugar de cura e libertação para nós, oh inesgotável Mistério de Amor e misericórdia escondido em forma de coração humano, mas só poderia ser Divino.

No Coração de Jesus cumpre-se a profecia de Ezequiel 37,26-27: “Eu vos darei um coração novo e porei em vós um espírito novo. Tirarei de vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne”. Esse coração novo é o coração de Cristo, Nele revela-se neste maravilhoso Mistério: Deus tem um coração! Coração aberto na cruz pelo soldado é o manancial da salvação, onde nasceu a Igreja, os sacramentos, sangue e água saíram para curar nossas doenças, para matar a nossa sede, sede de Deus, sede de Amor, pois Deus tem um coração ferido de amor por mim e por você.

Os filhos de Deus nascem do amor, nascem do Coração de Jesus. E pelo toque do Espírito Santo, reconhecemos que ele nos ama. NELE está o poder de conferir a vida divina a nós pobres mortais, que em Deus encontramos o elixir da vida eterna, pois o homem tem desejo de eternidade e só a encontra no coração de Deus. Esta realidade me aproxima de Deus, saber que ele tem um coração igual ao meu, sem duvida divino, mas humano, torna reais as possibilidades de ter um coração igual ao Dele: “Jesus manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso”.

Acorramos com vivo desejo a esta fonte de vida, depositemos na fenda do coração de Jesus os nossos pecados, desejos e aspirações, nossas necessidades e feridas e descansemos nesta fornalha ardente de amor. Peçamos a Deus que tenhamos o coração ferido do mesmo amor que abrasa o Coração de seu Filho Jesus, hoje eu coloco você, sua vida e suas intenções neste rio que vem trazer alegria, conforto e esperança e descansemos nestes prados verdejantes que é o Coração de Jesus.

Rezemos com a Igreja: “Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, alegrando-nos pela solenidade do Coração do vosso Filho, meditemos as maravilhas de seu amor e possamos receber desta fonte de vida, uma torrente de graças. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade dom Espírito Santo”.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Santidade: você quer ser modelo?

Pra começar esta reflexão, gostaria de lembrar que o primeiro milagre que acontece quando somos desafiados a falar sobre a santidade é o fato de um pecador, como eu, estar tentando converter outros pecadores.  Também explico que   não venho aqui fazer uma nova proposta de santidade.  Não gostaria de trazer uma ideia de santidade que já estamos acostumados a ver, aquela ideia retratada pelos artistas, nos quadros, nas imagens etc.  Nada de ideias de piedade e de tristeza, de pessoas cabisbaixas. Não venho ainda para questionar a roupa que você usa, o calçado, a cor do esmalte em suas unhas ou o corte dos seus cabelos! Acho que isso é muito pouco. A santidade que buscamos não é aquela que traz um rosto de sofrimento. Isso porque para ser santo não estamos condenados a permanecer na fila dos derrotados; pelo contrário, fomos eleitos para sermos vitoriosos!

No entanto,  ao abordar essa temática, confesso que tenho medo que esse artigo encontre muitas  pessoas resistentes, que não se interessam sobre esse tipo de reflexão.  Pessoas que creem estar  numa fé “madura”, num outro patamar, e que já não necessitam  pensar a respeito. Consideram   isso um retrocesso na caminhada, porque ouviram sobre esse assunto o suficiente.  Vejamos o que diz a Palavra de Deus, então.
Está escrito: “Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fieis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade” ( 1Tm 4,12). Nesse trecho, São Paulo exorta o jovem Timóteo a tornar-se modelo para os fiéis, pois santidade é graça do Espírito Santo, mas que sugere o nosso empenho pessoal.  Desse modo, se pode ver que Deus quer me fazer santo do jeito que sou, do jeito que Ele me fez, com o meu temperamento. Nosso povo é ávido de ver uma correspondência entre o que pregamos e a nossa própria vida.

Nossas palavras e vidas têm que ser modelo de santidade para o mundo. Às vezes, por causa da nossa postura, somos segregados até dos próprios familiares, porque nossos hábitos de servos de Deus são diferentes e isso muito os incomoda. Irmãos, nós não podemos agradar a todos! E nem sei se seria bom agradá-los (em determinadas situações). Nós não podemos ser radicalistas, mas obviamente que haveremos de ser radicais. Não podemos fazer as coisas que o “mundo faz”, não podemos participar das mesmas festas, ter os mesmos hábitos, visto que somos separados para Deus.

Isso acontece a partir do momento em que eu me predisponho a dar uma medida maior de amor a Jesus Cristo. É preciso que se cumpram as bem-aventuranças em nós. Para tanto, a vida espiritual deve ser o caminho. Se eu não rezo, não tenho visão espiritual, isso me leva ao relativismo. Assim, estaremos fecundando a chamada “ditadura do relativismo”, como bem nos alertava o papa Bento XVI no início do seu pontificado.  Há muito tempo aprendi com o ditado que “filho de peixe, peixinho é”. Vocês não acham que os  filhos de carismáticos deveriam ser igualmente “carismaticozinhos”? Eu não posso ficar fazendo concessões aqui e acolá, nem mesmo com meus filhos, sob pena de não conseguir testemunhar a Cristo Jesus.

É até engraçado quando sou interpelado por pessoas me perguntando se eu já assisti este ou aquele filme de sucesso. Fico pensando que se eu não tenho tempo nem para coisas mais importantes, como é que vou parar para  ver filmes de todos os tipos? Não se trata de legalismo e de alienação. Mas o meu objetivo é o céu, então tenho que me dedicar a isso. Observo também outra coisa: tenho sido convidado para festas de carismáticos, como casamentos e aniversários, e vejo que elas não diferem em nada das festas mundanas, com as mesmas músicas, as mesmas bebidas e assim por diante.

Santidade é fazer a vontade de Deus. E agora eu pergunto: temos feito, de fato, a vontade de Deus? Nos nossos projetos, está a vontade de Deus? Está a mão de Deus? Nos projetos políticos, qual é a intenção ao lançá-los? Quais são as nossas intenções, até mesmo ao pregar a Palavra de Deus? E os nossos negócios, eles não deveriam seguir um padrão diferente dos padrões do mundo? Cristãos carismáticos não podem praticar a fraude, a informalidade para comprar e vender, tampouco “dar o jeitinho brasileiro” para levar vantagem em tudo.

Tenho observado  alguns pregadores que dizem, por exemplo: “Estou falando, mas sou fraco, não me tome por base”. Ora, se eu não sirvo de base, então o que estou fazendo no púlpito?  Não podemos ter medo de dizer como o Apóstolo Paulo: “Sede meus imitadores” (1Cor 11,1a). O que me identifica com servo de Deus não é que eu nunca caia, mas o fato de, se eu cair, me levantar porque Deus é misericordioso. E quando falo de quedas, nem estou me referindo àqueles pecados de outrora que assustavam a opinião pública; estou falando de “pequenos” pecados do dia-dia, pois, afinal de contas, não tropeçamos mais em “montanhas”, mas sim em pequenos obstáculos.

A santidade deve ser manifestada em nossas vidas, pois as pessoas devem ver que há uma diferença em nós.  Sou santo não porque uso uma cruz deste ou daquele tamanho; não porque uso uma camiseta com esta ou aquela estampa de piedade (eu também as tenho), mas porque mostro isso com a vida, na caridade e na pureza.  Certamente não devo querer ser santo só para mostrar para os outros. O que deve acontecer é que, a partir da  nossa postura e da nossa conduta, as pessoas se sintam atraídas para Cristo.

Para finalizar, quero exortar cada um de forma direta: para de flertar com aquela cervejinha, para de flertar com a sua TV e com a internet! Tenha coragem de ocupar bem o seu tempo! Não brinque com essas coisas se você quer uma vida de santidade.  Se você tem áreas de fragilidade aqui ou acolá na sua vida, cuide-se. O demônio conhece perfeitamente nossas fraquezas e ele está sempre aguardando uma oportunidade para nos derrubar, vigiemos, portanto.

Muitas vezes as pessoas olham para nós e dizem que gostariam de ser iguais a nós. Essa afirmação pode parecer um pouco pesada, mas é isso mesmo que devemos ser, nos esforçarmos para ser: modelos! E você, quer ser modelo?

Por Onazir Conceição
Coordenador Nacional do Ministério de Oração por Cura e Libertação
Grupo de Oração Rainha da Paz

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Origem da festa de Corpus Christi




Eucarista: Corpo e Sangue de Jesus


Todos os católicos reconhecem o valor da Eucaristia. Podemos encontrar vários testemunhos da crença da real presença de Jesus no Pão e no Vinho consagrados na Santa Missa desde os primórdios da Igreja.

Mas, certa vez, no século VIII, na freguesia de Lanciano (Itália), um dos monges de São Basílio foi tomado de grande descrença e duvidou da presença de Cristo na Eucaristia. Para seu espanto, e para benefício de toda a humanidade, na mesma hora a Hóstia consagrada transformou-se em Carne e o Vinho consagrado transformou-se em Sangue. Esse milagre tornou-se objeto de muitas pesquisas e estudos nos séculos seguintes, mas o estudo mais sério foi feito em nossa era, entre 1970/71, e revelou ao mundo resultados impressionantes:

A Carne e o Sangue continuam frescos e incorruptos, como se tivessem sido recolhidos no presente dia, apesar dos doze séculos transcorridos. O Sangue encontra-se coagulado externamente em cinco partes; internamente ele continua líquido. Cada porção coagulada de sangue possui tamanhos diferentes, mas todas possuem exatamente o mesmo peso, não importando se pesadas juntas, combinadas ou separadas. São Carne e Sangue humanos, ambos do grupo sanguíneo AB, raro na população do mundo, mas característico de 95% dos judeus. Todas as células e glóbulos continuam vivos. A Carne pertence ao miocárdio, que se encontra no coração (e este órgão sempre foi símbolo de amor!).


Mesmo com esse milagre, entre os séculos IX e XIII surgiram grandes controvérsias sobre a presença real de Cristo na Eucaristia. Alguns afirmavam que a ceia se tratava apenas de um memorial que simbolizava a presença de Cristo. Foi somente em junho de 1246 que a festa de Corpus Christi foi instituída, após vários apelos de Santa Juliana, cujas visões solicitavam a instituição de uma festa em honra ao Santíssimo Sacramento. Em outubro de 1264 o Papa Urbano IV estendeu a solenidade para toda a Igreja. Nessa celebração religiosa, o maior dos sacramentos deixados à Igreja mostra a sua realidade: a Redenção.

A Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo por nós. Mesmo separando Seu Corpo e Seu Sangue, Jesus se conserva por inteiro em cada uma das espécies. É pela Eucaristia, especialmente pelo Pão, sinal do alimento que fortifica a alma, que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Cristo e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina aqui, na Terra, mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.

O centro da Celebração Eucarística será sempre a Eucaristia e, por ela, o melhor e o mais eficaz meio de participação no divino ofício. Aumentando a nossa devoção ao Corpo e Sangue de Jesus, como Ele próprio estabeleceu, alcançaremos mais facilmente os frutos da Redenção!


Prof. Felipe Aquino
Fonte: cancaonova.com 

              Corpus Christi - Prof. Felipe Aquino